SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Justiça do Espírito Santo decidiu devolver a arma do policial da reserva que matou um cachorro com um tiro no último sábado (9), em Guarapari (ES).
O juiz Edmilson Souza Santos entendeu que o PM precisa da arma “para sua defesa”. O policial reformado, de 52 anos, alegou em depoimento ter atirado para se defender do ataque do animal. Ao ser detido após a ocorrência, ele passou por audiência de custódia e foi liberado, mas teve a arma recolhida.
A decisão determina que a autoridade policial devolva a pistola 9mm “desde que o indiciado comprove o registro e porte”. Também devem ser devolvidos o carregador e as munições.
Além disso, ressalta que “não há prova de que o indiciado não possa ter o porte de arma”. Para o magistrado, o crime em questão “não pode ser mola propulsora de suspensão do porte da arma de fogo”.
Algumas medidas cautelares impostas ao policial também foram suspensas pelo juiz, que autorizou o PM a voltar para Minas Gerais, onde mora. No entanto, ele foi proibido de deixar o estado de residência por mais de 15 dias sem prévia autorização da Justiça.
O PM vai responder ao processo em liberdade, mas segue proibido de frequentar bares, boates, prostíbulos e assemelhados.
VÍDEO MOSTRA PM AVANÇANDO EM DIREÇÃO AO CACHORRO
Um vídeo divulgado pela família do cachorro Churros mostra o momento em que o animal se aproxima do homem. O PM vai atrás do golden retriever, atirando duas vezes e acertando uma.
A tutora do cão, Iasmin Lima, 32, disse à reportagem que o PM afirmou que iria matar o animal na frente dos irmãos dela, de 12 e 9 anos, e da filha, de 1. A câmera não flagra o momento exato do disparo, devido a um muro, mas ele acontece na mesma rua, às 17h31.
Em outra imagem, é possível ver o momento em que o cachorro corre desnorteado pelas ruas, enquanto a família se desespera. O policial foge sem prestar socorro. Churros foi levado a um hospital veterinário, mas não resistiu ao ferimento.
Redação / Folhapress