SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Quem estiver curioso com a nova série de solo de Rebeca Andrade vai ter de esperar até o Mundial da Antuérpia, no fim do mês, para conhecê-la. A apresentação ao som de ‘Baile de Favela’ foi aposentada com o bronze no Mundial do ano passado, e a nova coreografia vem sendo mantida em segredo absoluto.
Rebeca compete entre sábado (16) e domingo (17) em uma etapa do circuito World Challenger Cup em Paris, mas vai se apresentar somente nas paralelas, aparelho que é o xodó dela e no qual ela pretende buscar o ouro no Mundial.
Depois do torneio do ano passado, em Liverpool (Inglaterra), Rebeca ficou quase nove meses sem competir, só treinando, apesar de estar em plena forma física. No Campeonato Brasileiro, se apresentou no salto, nas paralelas e na trave, mas não no solo.
“O último aparelho em que será liberada para treinar é o solo”, diz o técnico pessoal dela e coordenador da seleção Francisco Porath Neto, o Chico. Como Rebeca já passou por três cirurgias de joelho e o solo é o aparelho com maior impacto para esta articulação, quanto mais se puder evitar o risco de lesão, melhor.
Flávia Saraiva, que precisou passar por uma delicada cirurgia de tornozelo depois do último Mundial, também não se apresentou no solo ainda este ano. A estreia será exatamente em Paris. “Ela está dando boas esperanças para nós. Deverá fazer um solo mais simples em Paris, com menor nível de dificuldade. Mas, mesmo com uma série mais simples, a pontuação dela é importante pra nós numa competição por equipes”, diz Chico.
A seleção está quase completa em Paris. Na França, o time também terá Jade Barbosa, que ficou fora dos últimos Mundiais por lesão e está em plena forma, tendo ganhado o Campeonato Brasileiro no individual geral, e Lorrane Oliveira, peça chave para a equipe nas paralelas. No Mundial a equipe ainda terá Julia Soares, na trave e no solo, e Carolyne Pedro como reserva.
DEMÉTRIO VECCHIOLI / Folhapress