RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – A Copa do Brasil mudou completamente de status para o Flamengo em uma década. De símbolo da retomada em 2013, a competição se tornou uma espécie de prêmio de consolação na atual temporada. O clube rubro-negro recebe o São Paulo neste domingo (17), no Maracanã, para a partida de ida da final, às 16h (de Brasília).
TÍTULO IMPROVÁVEL
O Flamengo, em 2013, passou por uma reformulação na diretoria, sob o comando do recém-eleito Eduardo Bandeira de Mello.
O discurso da cúpula era de austeridade, em uma tentativa de arrumar a casa financeiramente e colocar o clube na trilha da modernidade.
Nesta primeira temporada, o clube, por exemplo, se despediu de Vagner Love, devolvido ao CSKA porque o time rubro-negro não teria como arcar com a aquisição dos direitos.
Entre nomes desconhecidos, como Val e Bruninho, e outros mais badalados, como André Santos e Elias, o elenco foi montado.
A equipe contou com surpresas, como o atacante Hernane Brocador, que caiu nas graças da torcida.
Com trocas no comando Mano Menezes deixou o clube e Jayme de Oliveira assumiu o time, o Fla chegou à final e sagrou-se campeão do torneio sete anos após o bi. O título era considerado improvável até para o mais fanático tprcedor e foi muito festejado.
“Como o Flamengo vinha numa rota de muito sacrifício e dificuldades, a conquista da Copa do Brasil de 2013 não estava nos nossos planos, mas acabou acontecendo graças à união de um elenco guerreiro e determinado”, disse Bandeira de Mello ao UOL.
“Foi determinante para a sustentação da confiança da nossa torcida, que já havia demonstrado sua adesão à nossa política de responsabilidade e austeridade e ajudava a empurrar nosso time pra frente”
Naquela campanha, a equipe da Gávea eliminou alguns clubes apontados como favoritos, como Cruzeiro, Botafogo, e bateu o Athletico-PR na decisão.
Para o ex-presidente, a “virada de chave” de vez aconteceu em 2015, quando o time rubro-negro contratou Guerrero, então jogador com maior salário no futebol brasileiro.
Em 2018, trouxe Vitinho, que também estava no CSKA, por 10 milhões de euros, mesmo valor que impediu o “fico” de Love.
PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO
Em 2019, já sob gestão de Rodolfo Landim, o Flamengo conseguiu transformar a boa saúde financeira em conquistas, e empilhou taças como as do Brasileiro, Libertadores, Recopa e Supercopa do Brasil.
A atual temporada, inclusive, começou recheada de expectativa. O clube rubro-negro poderia ganhar nada menos que sete títulos, mas vê o mata-mata como possibilidade mais real de não terminar o ano de mãos vazias.
Até aqui, porém, acumulou fracassos. Com Vítor Pereira, ficou com o vice do Carioca, da Supercopa do Brasil e da Recopa Sul-Americana. No Mundial, caiu na semi.
Com Sampaoli, foi eliminado nas quartas de final da Libertadores e vê o topo da tabela do Brasileiro ainda distante.
“É a decisão de um título importantíssimo. Um título nacional que tem uma importância financeira muito grande, que tem um importância para o clube também. A Copa do Brasil te proporciona muita coisa”, afirma Marcos Braz, vice-presidente de futebol do Fla.
ESCALAÇÕES
O time rubro-negro tem dois desfalques confirmados para a partida: Filipe Luís, que teve uma lesão muscular na coxa direita confirmada, e o volante Allan, que rompeu a fáscia plantar do pé esquerdo.
Arrascaeta e Luiz Araújo seguem se recuperando de lesões musculares, e são dúvidas para a disputa.
Uma provável escalação inicial do técnico Sampaoli tem: Matheus Cunha; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas; Thiago Maia, Gerson, Victor Hugo (Arrascaeta), Everton Ribeiro, Bruno Henrique, Gabigol (Pedro).
O São Paulo, por sua vez, também conta com uma lista extensa de desfalques: Galoppo, Ferraresi, Igor Vinícius, Erison e Marcos Paulo se recuperam de lesões, enquanto o zagueiro Arboleda teve uma fibrose muscular na coxa esquerda detectada nesta semana, tornando-se dúvida para a partida.
Uma provável escalação do técnico Dorival Júnior tem: Rafael; Rafinha, Diego Costa (Arboleda ou Alan Franco), Beraldo e Caio Paulista; Pablo Maia, Alison e Wellington Rato; Lucas, Luciano, Calleri
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ)
Horário: Às 16h (de Brasília) deste domingo (17)
Árbitro: Anderson Daronco (Fifa/RS)
VAR: Rafael Traci (VAR-Fifa/PR)
Transmissão: Globo, SporTV, Premiere e Globoplay
ALEXANDRE ARAÚJO, BRUNO BRAZ E LUIZA SÁ / Folhapress