SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Um vídeo divulgado em redes sociais mostra uma “chuva de drogas” no pátio do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima Jair Ferreira de Carvalho, no Jardim Noroeste, em Campo Grande (MS). Até o momento, não foi informado quando exatamente as imagens foram gravadas.
No vídeo, é possível ver vários presos correndo para recolher os pacotes de drogas que são arremessados por cima do muro do presídio.
O preso que registra a “chuva de drogas” também narra a cena. “Tá caindo os pãos. Tá caindo. Tá caindo. Tá caindo lá no A e aqui desse lado. Olha o tanto aí”, diz. Em outro momento, o homem alerta que um policial dispara um tiro: “A polícia atirou”.
O vídeo passou a circular nas redes pouco tempo depois que dois policiais foram presos por suspeita de facilitarem a entrada de drogas na unidade prisional. Os agentes eram pagos para fazer “vista grossa” para as drogas arremessadas por cima do muro, segundo a corregedoria da Polícia Militar do Mato Grosso do Sul.
Em nota, a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) disse que, junto com a PM, tem atuado para coibir que drogas sejam arremessadas de fora para dentro do presídio. Ainda, o órgão alegou que essas cenas são facilitadas pela proximidade entre a cidade e a penitenciária.
A Agepen também informou que instalou telas de proteção com seis metros de altura entre a muralha e os solários de toda a unidade para impedir não apenas o arremesso de drogas, mas também de celulares.
VEJA NA ÍNTEGRA A NOTA DA AGEPEN
“Devido ao crescimento urbano e a falta de uma área de isolamento do Complexo Penitenciário do Jardim Noroeste no passado, quando foi construído, hoje está localizado de forma que possibilita o grande trânsito de pessoas nos arredores, o que facilita a estratégia de arremessos de ilícitos para dentro da unidade prisional.
A Agepen, em conjunto com a Polícia Militar, que atua na guarda das muralhas das penitenciárias do Complexo do Jardim Noroeste, têm buscado estratégias no sentido de identificar e coibir esses arremessos, com constantes interceptações de ilícitos arremessados, bem como a prisão de pessoas que utilizam desta prática.
Para dificultar os arremessos, telas de proteção de seis metros de altura foram instaladas entre a muralha e os solários no Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho e a agência penitenciária também trabalha para possibilitar o telamento sobre os todos os pavilhões, como forma de enfrentamento ainda mais eficaz contra essa prática.
A unidade conta com sistemas de câmeras instalados em pontos estratégicos para contribuir com o trabalho de vigilância e identificação de envolvidos.
Além disso, regularmente são realizadas vistorias em celas e demais espaços para retirar ilícitos que possam ter chegado em poder dos detentos.
A Agepen atua com sua gerência de inteligência, trabalhando em conjunto com outros órgãos de investigação da Segurança Pública, auxiliando na antecipação de casos, bem como na identificação de criminosos.
Somado a isso, tem adotado uma série de medidas para coibir uso de celulares e outros ilícitos nos presídios de Mato Grosso do Sul, com instalação de equipamentos com tecnologia de ponta para vistorias na portaria das unidades como o raio x corporal para quem adentra e raio-x em esteira para inspeção de objetos.
A Agepen irá realizar as demais apurações necessárias.”
Redação / Folhapress