SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O técnico Abel Ferreira chamou a responsabilidade e defendeu Breno Lopes após a comemoração polêmica do atacante ao marcar o gol da vitória do Palmeiras sobre o Goiás.
1º a errar: “Sou o 1º a errar e o importante é que o Breno fez o gol da vitória, que era o que precisávamos”.
Controle das emoções: “O primeiro a cometer erros sou eu, fui expulso algumas vezes por não controlar minhas emoções. Se bem que acho que estou diferente, bem melhor nesse aspecto, mas isso faz parte do futebol, as emoções”.
Apoio da torcida: “Precisamos dos nossos torcedores sempre. Isso pra mim é o mais importante, o apoio dos torcedores. Percebemos que sou o primeiro a cometer erros, eu mesmo às vezes perco controle das emoções, mas precisamos de todos os jogadores. Precisamos acima de tudo estarmos mais unidos, em casa.
Alma da equipe: “Nossos torcedores são a alma da nossa equipe, é para eles que corremos, que jogamos até o ultimo segundo”.
Gol decisivo: “O mais importante é que bem no finzinho conseguimos [ganhar]. Breno nos deu os três pontos outra vez. Jogador que tem gol dentro dele (…) Torcedores podem ir embora contentes, torcedor vai dormir melhor hoje, com certeza.”
Valeu o ingresso: “Valeu a pena pagar o ingresso hoje por essa emoção até o ultimo segundo. Precisamos da ajuda deles”.
Nome na história: “Breno não é um jogador que tem jogado o quanto queria, mas tem seu nome marcado na historia do clube. É um jogador que eu confio, que gosto, e tem uma coisa: o gol. Não é nem a primeira, nem a segunda, nem a terceira, nem a quarta… Contem a quantidade de gols que ele fez nos 10 minutos que eu o coloco”.
O QUE ACONTECEU
Breno Lopes entrou no fim e decretou a vitória do Palmeiras sobre o Goiás, no Allianz Parque, pelo Brasileirão. O tento decisivo saiu aos 52 minutos do segundo tempo.
O jogador provocou a própria torcida na comemoração do gol, mostrando o dedo e levando as mãos aos ouvidos. Ele foi contido por companheiros no gramado enquanto ouvia gritos da arquibancada cobrando respeito.
O QUE MAIS ABEL DISSE
Atuação do Goiás: “Nosso adversário condicionou muito nosso jogo, reduziu muito os espaços. É muito difícil jogar com essa equipe. Não perdia há oito jogos, e hoje perdeu. Foi mesmo no finzinho, falo que o jogo só acaba quando termina”.
Jogo de paciência: “Há jogos que são mais abertos, mais fechados. Esse era de muita paciência e capricho no último terço. Faltou esse capricho, o cruzamento, a tabela, o chute. Mas o mais importante são os três pontos”.
Time camaleão: “Nossa base de partida é o 4-2-3-1, mas tem essas variações todas, quase como um camaleão… É uma das nossas características, um time que ataca e defende com alguma variabilidade, uma forma de tentar enganar o adversário.
Emoção no fim contra portugueses: “Hoje diria que foi um jogo muito parecido com Cruzeiro, só não precisava ser igual… Sei o que é enfrentar portugueses, uma equipe organizada, estava há oito jogos sem perder [no Brasileirão]”.
Ataque sem Dudu: “Minha mãe me diz: ‘Está cheio de barba branca, de cabelos brancos’. Futebol brasileiro tem disso, deixa marcas, mas minha função é essa. Encontrar soluções dentro do clube, olhar para os recursos, laterais nas pontas, oportunidade aos moleques… Quem entrou foi muito bem”.
Veiga no banco: “López a jogar de 10 é um 2º centroavante. Veiga na posição de 10 é um criador. Felizmente, ele foi muito honesto comigo e com a equipe e disse que não estava pronto para jogar. Adoro jogadores que são verdadeiros com a equipe. Felizmente entrou na hora certa, tinha energia para 20, 30 minutos”.
Volta da Data Fifa: “Vínhamos de dois meses de jogos atrás de jogos. É extenuante para todos… Jogadores, treinadores, árbitros, inúmeras lesões. Essas paradas são benéficas para conseguirmos recuperar lesões, dar ritmo a quem tem jogado menos.
Retorno dos selecionáveis: “Verdade é que só tivemos o elenco todo junto ontem, quando tive os quatro da seleção, sendo que um chegou doente. É sempre difícil quando voltamos, mas é difícil para todos quando vem de uma parada”.
Psicológico dos jogadores: “A parte mental desligamos um pouco, mas é importante que isso aconteça até para prevenir. O centroavante da seleção [Richarlison] que agora falou de problemas psicológicos, que existem. Para mim, o jogador que tem problemas mentais é um jogador lesionado”.
Amigo de jornalistas: “Mas isso vocês já sabiam antes. Temos um amigo de jornalistas que trabalha aqui dentro do Palmeiras.”
Importância da parada: “É fundamental esses períodos para ajudarmos os jogadores a baixar o nível de concentração, ter semanas livres para se recuperar”.
Preparação para a Libertadores: “É um jogo de cada vez, temos outros jogos à frente, são esses que vão nos preparar”.
Redação / Folhapress