Na noite de sexta-feira (15), um homem de 29 anos foi preso, em Buritama (SP) ao ser flagrado com 45 bandejas de alumínio que teriam sido furtadas de um frigorífico de peixes desativado. O acusado, que trabalha como coletor de recicláveis, nega o crime dizendo que as comprou do segurança que trabalha no local.
Os policiais militares receberam uma mensagem no grupo de WhatsApp “Vizinhança Solidária”, às 19h30, informando que dois homens teriam entrado no frigorífico e comunicado ao segurança que iriam levar um caminhão.
No caminho para a empresa, encontraram o acusado dirigindo um veículo Ford Belina com carretinha, transportando materiais recicláveis, 45 bandejas de alumínio e duas caixas de açougue, efetuando o flagrante.
Questionado pelos policiais, disse que pagou R$ 100,00 ao segurança do estabelecimento pelos objetos que acabara de buscar. O pagamento teria sido feito via Pix, através do celular de um familiar, dessa forma não conseguiria apresentar o comprovante no momento.
Na delegacia, o catador declarou conhecer o segurança desde que trabalhava no aterro sanitário. Segundo ele, dias atrás o segurança o visitou em sua casa, comentando que trabalhava no frigorífico e ofereceu a ele para pegar alguns objetos de alumínio para vender.
O combinado seria o pagamento de R$ 100,00 por Pix, e após venda dos objetos, pagaria mais R$ 200,00 via Pix. Pelo seu celular pessoal estar quebrado e no conserto, teria usado o celular da sogra para fazer o pagamento e pediria a ela para apresentar o comprovante do Pix no decorrer das investigações.
Após deter o suspeito, os policiais se dirigiram ao frigorífico. O segurança alegou que dois homens foram na empresa, e para que não pudesse acionar a polícia, um deles teria tomado o celular de suas mãos e permaneceu o vigiando, enquanto o outro entrou no prédio para pegar os objetos.
O segurança ainda disse, que após o crime a dupla devolveu o celular ameaçando matá-lo caso chamasse a polícia, deixando o local em seguida. Apresentando uma fotografia do reciclador à vítima, o reconheceu como o responsável pela invasão ao prédio, além de negar o recebimento de qualquer valor pelos objetos.
O segurança mostrou seu celular aos policiais, porém possuía todas as conversas de WhatsApp apagadas, pois o fazia com frequência para liberar espaço na memória do aparelho. Explicou que não ligou para o 190 pela ligação cair em outra cidade e achar difícil passar as informações necessárias, então pediu a um vizinho para que o fizesse.
O delegado decidiu pela prisão em flagrante do reciclador por furto e posse dos objetos pertencentes ao frigorífico. Um inquérito será instaurado para investigar possível participação do segurança e da segunda pessoa informada por ele no crime.
Apreenderam o carro com a carretinha e o reciclador seria apresentado em audiência de custódia.
