SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A Copa do Brasil vale muito mais do que apenas um troféu: o vencedor leva para casa R$ 70 milhões, a maior premiação do futebol nacional. Apesar de tão alto, o montante tem valores relativos bastante diferentes para Flamengo e São Paulo.
O PESO PARA O SÃO PAULO
O valor da Copa do Brasil é relevante para equilibrar as finanças. O clube não esconde que vive situação financeira delicada e entrou na janela de transferências falando em vendas inevitáveis de jogadores.
São Paulo precisava vender jogadores, mas segurou elenco. A diretoria decidiu atender ao pedido de Dorival Jr, que não queria perder nenhum titular. O único negócio foi a venda de Newerton, jovem da base, ao Shakhtar.
Clube fez as duas principais contratações da janela: James Rodríguez e Lucas Moura. O colombiano chegou de graça, mas com o maior salário do elenco; Lucas fechou um vínculo curto, até dezembro, mas com vencimentos somente um pouco abaixo de James.
Diretoria apostou alto pelos títulos. Apesar da eliminação na competição continental, a Copa do Brasil sempre foi a prioridade internamente – o clube jamais conquistou o troféu.
São Paulo chegou a acumular três meses de direitos de imagem em atraso em um passado recente. Os pagamentos atrasados foram acertados principalmente com as relevantes bilheterias dos jogos recentes no Morumbi.
O Tricolor teve superávit de R$ 37 milhões no ano passado, mas contou com R$ 228 milhões de receita de vendas de atletas.
A IMPORTÂNCIA PARA O FLAMENGO
O peso da premiação no orçamento rubro-negro é totalmente diferente. O clube carioca lidera o Brasil em arrecadação.
Tanto é que prometeu metade do prêmio pela conquista como bonificação aos atletas. Ou seja, se ficar com a taça, o elenco do Flamengo vai dividir R$ 35 milhões.
Ainda assim, o valor é importante na visão geral. O orçamento previa R$ 118 milhões nas disputas da Supercopa do Brasil, Carioca, Mundial, Recopa Sul-Americana, Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil, e o título garante a meta mesmo antes do desfecho do Brasileirão.
Diretoria aguarda decisão para negociar renovações. Há nomes como Bruno Henrique e Everton Ribeiro, que têm contrato apenas até o fim do ano. Haverá também uma análise do elenco para a próxima temporada.
Uma reformulação do grupo não é descartada, e manter o previsto para a temporada no quesito financeiro pode auxiliar em avaliações no mercado.
EDER TRASKINI E ALEXANDRE ARAUJO / Folhapress