Numa democracia, o ideal seria que os eleitores escolhessem um candidato e, uma vez eleito, esse candidato fosse fiscalizado e cobrado por todos, mas principalmente pelos eleitores dele.
Mas ocorre justamente o contrário: se o eleitor vota em fulano, ele tende a defender o fulano com unhas e dentes e não deixa ninguém falar mal do fulano.
Parte disso se explica pelo messianismo em torno do político, o que é muito ruim.
Não quero aqui divagar sobre a antiga e histórica relação entre religião e política, mas minha questão é: qual o efeito prático na política de se ter um presidente, por exemplo, considerado enviado por Deus?
O enviado por Deus, em tese, é um ser divino. E essa divindade é um prato cheio para políticos que precisam sempre encontrar justificativas para as suas atitudes.
O cardeal dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, nos ajuda na reflexão sobre o uso de Deus e das religiões em campanhas políticas.
Assista clicando abaixo à íntegra da coluna Conexão Brasília que foi ao ar em 12 de setembro no Nova Manhã, para os ouvintes da Novabrasil FM em todo o país (no período eleitoral, a coluna está indo ao ar às 7h30, de segunda a sexta):