Pessoas com TEA contam com ajuda dos cães da Guarda de Santos durante o tratamento

Créditos: Divulgação/Prefeitura de Santos

Mais que reforços para a segurança ou para o lazer, os cães também tem um papel fundamental no tratamento de algumas doenças ou transtornos. É o que ocorre em Santos, onde pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), contam com a participação dos cães da Guarda Civil Municipal.

De acordo com a administração, a Cinoterapia, ou Terapia Facilitada por Cães, é uma atividade que usa o cão como facilitador no processo terapêutico. A psicóloga Tatiana Lopes explica que o projeto piloto começou em agosto e os resultados serão medidos em dezembro. O Gadi atende crianças, adolescentes e adultos com os três níveis de transtorno do espectro autista (TEA): 1 (leve), 2 (moderado)  e 3 (grave). “Mas já são notados avanços no desempenho dos atendidos”, completa a terapeuta ocupacional Karina Sales.

Em maio deste ano, psicólogas do Gadi deram orientações a grupos da Guarda Civil Municipal (GCM) para mostrar aos servidores que todos os ambientes, principalmente os equipamentos públicos, têm que se adequar para atender pessoas com TEA da melhor forma possível.

Além de Ozzy, os demais cães da Guarda Civil Municipal usados no projeto são um goldendoodle Lucy e o pastor belga Hórus. Ao time canino da Guarda, junta-se a pequena Pérola, um shih-tzu. “Ela chega  a ser a porta de entrada. Precisávamos de um animal de pequeno porte”, destaca Karina Sales.

Entenda a cinoterapia

A cinoterapia é aplicada, explica Tatiana Lopes, como auxiliar no desenvolvimento de habilidades de cada pessoa atendida. Os sete atendidos do projeto estão na faixa de 3 a 26 anos.

A interação semanal com os cães se dá por período de 25 a 30 minutos. Cada atendido tem  identificado um projeto para potencializar suas habilidades. “O objetivo é dar a eles maior independência e autonomia.

A cinoterapia é um facilitador desse processo. Mesmo com os resultados finais somente em dezembro, notamos já avanços na habilidade expressiva e na comunicação receptiva deles”, diz Karina.

O guarda civil Nilson da Silva Andrade e a inspetora Nizete Maurício dos Santos compõem o time de quatro cinoterapeutas da GCM. “É uma experiência nova. E é bom ver eles nesse processo ajudando as pessoas”, conta Nizete.

Na avaliação de Nilson, “a cinoterapia ultrapassa as brincadeiras de interação com o cão, como no caso do ‘show dog’ e ‘agility’. Ela  é  uma forma terapêutica que auxilia no desenvolvimento motor, na fala, no equilíbrio e no externar de emoções”.

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