SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Unisa (Universidade Santo Amaro) decidiu expulsar alunos de medicina que aparecem correndo nus e com a mão no pênis em vídeo gravado durante uma competição esportiva que teria acontecido em abril deste ano, em São Carlos (a 216 km da capital paulista). O vídeo viralizou neste fim de semana.
Em nota publicada em seu site e nas redes sociais, a universidade repudia os atos e afirma que aplicou a sanção mais severa prevista em seu regimento. Segundo a instituição, os alunos identificados até o momento foram expulsos nesta segunda-feira (18).
“Considerando ainda a gravidade dos atos, a Unisa já levou o caso às autoridades públicas, contribuindo prontamente com as demais investigações e providências cabíveis”, diz o texto assinado pelo reitor Eloi Francisco Rosa.
A Unisa define a atitude do grupo de alunos como “ato execrável” e afirma que tomou conhecimento das “gravíssimas ocorrências” na manhã desta segunda. Destaca que os atos ocorreram fora de suas dependências e afirma que não tem responsabilidade sobre a competição esportiva.
Os alunos estariam assistindo ao jogo da seleção feminina da universidade contra o Centro Universitário São Camilo e como forma de celebração tiraram a roupa. Em outro vídeo, é possível ver eles correndo pela quadra. Em redes sociais, há comentários de que os estudantes estariam fazendo uma “masturbação coletiva”.
O Ministério da Educação notificou a Unisa para que a instituição preste esclarecimentos. A universidade tem 15 dias para responder.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública) afirmou que, assim que tomou conhecimento dos fatos, iniciou a apuração do episódio. A Polícia Civil enviará requisições às universidades envolvidas e à Secretaria de Esportes da Prefeitura Municipal de São Carlos.
A atlética da Unisa disse, por meio de nota divulgada nas redes sociais, que as imagens não representam seus “princípios e valores”.
O Centro Universitário São Camilo afirmou que o episódio aconteceu em um evento esportivo chamado Calomed. “Os alunos da Unisa, saindo vitoriosos, segundo relatos coletados, comemoraram correndo desnudos pela quadra. Não foi registrada, naquele momento, nenhuma observação por parte das nossas alunas referente à importunação sexual”, declarou a universidade.
CRISTINA CAMARGO / Folhapress