RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O técnico Mano Menezes tem uma negociação em curso para assumir a seleção paraguaia.
As conversas estão em estágio inicial e começaram depois da demissão do argentino Guillermo Schelotto, anunciada no sábado (16).
O nome do treinador brasileiro foi levado à entidade paraguaia por um empresário local, Santiago Mereles. Depois, com o caminho aberto, o contato com o staff de Mano foi feito.
Um documento feito pelos representantes de Mano chegou a ser vazado e confirma que as partes estão em contato. A carta serve de sinal para a Federação Paraguaia de que o intermediário passou a tratar do assunto com o aval do técnico.
Não há martelo batido ou avanço significativo até o momento com Mano, que tem outras possibilidades para a continuidade da carreira.
Santiago Mereles chegou a dar entrevista sobre o tema no Paraguai, algo que causou estranheza entre os demais envolvidos na negociação.
O ÚLTIMO EMPREGO
Mano Menezes está livre no mercado desde a demissão do Internacional, em julho. A diretoria colorada estava insatisfeita com o desempenho do time no Brasileirão e preocupada com a continuidade no mata-mata da Libertadores que ainda estava por vir.
Mano tem experiência no futebol de seleções por ter treinado o Brasil entre 2010 e novembro de 2012. Ele não chegou a disputar as Eliminatórias porque a seleção já estava classificada para o Mundial, que foi em solo brasileiro.
Mano chegou a comandar a seleção em uma Copa América, em 2011, na Argentina. O Brasil foi eliminado nos pênaltis, nas quartas de final, justamente pelo Paraguai.
PARAGUAI EM MÁ FASE
A seleção paraguaia está em um momento complicado. Além de não ter ido às Copas de 2018 e 2022, a equipe começou as Eliminatórias para 2026 cambaleante embora dentro da zona de classificação ao Mundial, pois está em sexto.
Primeiro, empatou por 0 a 0 com o Peru, mesmo com um jogador a mais durante o segundo tempo. Depois, perdeu para a Venezuela por 1 a 0. Schelotto, então, não resistiu. O próximo jogo do Paraguai nas Eliminatórias é contra a Argentina, fora de casa.
IGOR SIQUEIRA / Folhapress