RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A cantora Késia Estácio, 38, participou da primeira temporada do The Voice Brasil, em 2012, mas sua vida artística começou ali. Anos antes, ela já fazia parte do grupo de teatro Nós do Morro, no Vidigal (zona sul do Rio), celeiro de bons atores cariocas.
Fluminense de Nova Iguaçu, ela participou dos espetáculos “Beth Carvalho, O Musical”, em 2015, e “Elza”, em 2018, unindo suas paixões: música e teatro. Logo em seguida, chegou ao cinema e à TV, em papéis sem maior destaque pelo menos nada que se compare ao que vem por aí.
Késia (agora sem o sobrenome Estácio) é uma das sete protagonistas do remake de “Elas por Elas”, que estreia nesta segunda (25), na Globo. Logo em sua primeira novela, cabe à atriz um dos papéis principais, e com o charme extra de ter sido interpretado por Sandra Bréa na versão original, exibida em 1982.
“Ainda não estou entendendo o que aconteceu, mas agarrei essa oportunidade”, afirma. O segredo para se sair bem diante do desafio foi seguir as orientações da diretora da trama Amora Mautner. “Ela diz que é para a gente fazer de verdade e também se divertir. É o que estou fazendo e tem dado certo”.
A trama central da novela é a mesma da versão anterior. Mas Késia destaca que sua personagem ganhou nome e profissão diferentes a secretária Wanda, brilhantemente interpretada por Sandra Bréa, no remake passou a se chamar Taís. E é uma modelo. “É outro corpo, tem outro movimento, outro lugar de fala, e aí não tem nem como comparar ou pegar uma referência”, comenta.
Ela teme que o público enxergue a Taís como a vilã da história. A personagem se envolve com o marido da amiga Lara (Deborah Secco) e, claro, faz de tudo para que a sua identidade não seja descoberta pelo detetive Mário Fofoca (Lázaro Ramos). Cadê a sororidade feminina? “Já me questionaram sobre isso e uso a justificativa do amor para defender a Taís”, comenta. “Ela ama tanto a amiga, que não conta nada por medo de perder essa amizade”, explica. “Peço uma chance ao público para que também ame a Taís. Ela é do bem”, conclui.
ANA CORA LIMA / Folhapress