Erlon quer retomar dupla com Isaquias por pódio em Paris

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O canoísta Erlon Souza pretende retomar a dupla com Isaquias Queiroz e mira a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Paris. Ele conversou com a reportagem durante a COB Expo 2023.

RECUPERADO E DE OLHO EM PARIS

Erlon está na fase final da recuperação de uma cirurgia no quadril. Ele estava com uma limitação no movimento e precisou realizar uma raspagem óssea no lado esquerdo da região. O procedimento foi um sucesso.

O atleta da canoagem velocidade prevê estar novamente 100% em breve. O baiano de 32 anos retornou aos treinamentos há cerca de um mês e segue na fisioterapia.

Ele já teve de abrir mão de uma série de eventos devido ao problema. Além de não ter disputado o último Mundial, realizado em agosto, ele havia ficado fora de Tóquio-2020 por uma lesão no mesmo local.

Erlon afirmou que fez a cirurgia para retomar a dupla com Isaquias para buscar uma vaga em Paris-24 e, posteriormente, brigar por nova medalha. “Esse é o propósito da cirurgia, para que a gente possa ter a melhor embarcação para viajar. E torço que eu esteja nela”, respondeu, descontraído — após seu corte, Jacky Godmann foi o parceiro de Isaquias em Tóquio.

Medalhista de prata no Rio-2016, ele agora mira mais alto: quer o ouro. Erlon estreou nos Jogos Olímpicos em Londres-2012, tendo ficado em décimo na C2, e segue buscando melhorar sua marca.

Dá para repetir medalha, mas gente quer a de ouro, né? Botar um pouco mais de tinta nessas cores. Erlon Souza, ao UOL

O QUE MAIS ERLON SOUZA DISSE

Problema no quadril: “Criou um pedaço de osso por debaixo do músculo, onde estava inflamando. Na posição que a gente fica pra remada, estava literalmente tendo esse contato o tempo todo, e aí me limitava um pouco a fazer os treinamentos”.

Pé no freio: “A gente teve que pôr o pé no freio aí, tratar disso agora, para a gente voltar 100%”.

Recuperado: “Agora eu estou ainda na fisioterapia, tem alguns ajustes ainda para fazer pelo fato de a recuperação ser um pouco mais lenta. Mas o procedimento foi um sucesso, agora é só o detalhe mesmo de fisioterapia, retomar os treinamentos, fortalecer, e pau na máquina”.

COB Expo e nova geração: “Importante até para nós que já chegamos a um nível do esporte, porque esse contato que as crianças têm com o atleta de alto rendimento é importante até pra o futuro que elas querem traçar como atleta. Ter essa convivência, poder compartilhar um pouco da história, isso causa nelas um impacto que pode consolidar os futuros campeões”.

ANDRÉ MARTINS E PAULO FAVERO / Folhapress

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