Quem é Diego Cruz, ator de vídeos engraçados nas redes e que agora está em ‘Elas por Elas’

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O remake de “Elas Por Elas”, que estreou na Globo na última segunda-feira (25), tem no elenco nomes conhecidíssimos do grande público de novelas, como Cássio Gabus Mendes e Deborah Secco, e também rostos que são mais familiares, para a geração Z que consome TikTok.

É o caso Diego Cruz. O ator de 29 anos ficou conhecido no aplicativo e no Instagram ao retratar cenas clássicas de filmes teen dos anos 2000 e situações em sala de aula –a professora cuidadosa com os alunos, o irritante Gabriel do fundão e a estudante nerd que não aceita tirar menos do que a nota máxima.

Na trama global, ele atua ao lado de Marcos Caruso, Deborah e Cassinho (para os íntimos e como, durante a entrevista, ele se refere ao artista). Diego, que viu na internet um nicho para mostrar seu trabalho, costuma até dar dicas para Cássio, ops, Cassinho, tornar seu perfil no Instagram mais comercial.

“Cássio está super querendo embarcar no mundo da internet também. Então, esses dias eu estava dando dicas para ele de vídeos, de como tornar mais comercial o perfil. Porque o cara já tem uma imagem consagradíssima e ele quer fazer esse tipo de conteúdo. Ele é poeta e quer postar uns vídeos. Então fazemos esse intercâmbio de informações”, conta o ator. Ele diz que, na humildade, sempre consulta o intérprete de Otávio para saber o que achou de sua atuação, se ele gostou e tal. “Estamos criando uma relação bem maneira.”

Tomar um café com Thalita Carauta e bater um papo com Lázaro Ramos no camarim como se fossem velhos amigos também já virou rotina.

A CRIAÇÃO DE CONTEÚDO

Com mais de três milhões de seguidores no Instagram e quase nove milhões no TikTok, foi no começo da pandemia que ele começou a investir nos vídeos e, quatro meses depois, pediu demissão da empresa em que trabalhava (que não tinha nada a ver com artes). O que passou a receber de dinheiro já era maior do que seu salário como supervisor.

Foi nas lembranças dos tempos de adolescente e aluno que ele encontrou um assunto que gosta para trabalhar. Diego conta que não era o pior aluno –mas também não se sobressaía. Mesmo sendo filho de professora, não tinha lá muita pena das mestras.

Caçoava delas, mas sem perder a ternura, jamais. Ele lembra da vez em que a classe inteira se uniu para fazer um zunido, em uníssono, por dias seguidos, todas as vezes em que ela virava de costas para escrever na lousa. “Quem nunca? Éramos adolescentes e imaturos. Eu não era o CDF da sala, mas também não era santo”, conta.

A professora Aline Fernandes, que deu aula para o Diego no 1º ano do ensino médio, há 12 anos, sentiu na pele suas ironias mas levou numa boa. E conta que sempre enxergou a veia cômica do aluno.

“Ele frustrava alguns professores em relação a essa postura mais formal de vestibulando. Mas ali já era a alma de artista que não podia ser contida em uma sala de aula que por muitas vezes é retrograda e inadequada para outras habilidades e potencialidades que não só as tradicionais e formais”, conta.

“Era um menino que ria quase que sem parar na turma do fundão. Ele, junto de mais alguns, fazia piadas e promovia aquela risada coletiva. Alguns olhavam como deboche, mas na verdade eram adolescentes encabeçados pelo Diego. Tinha um tom debochado, era um ‘desculpa professora’, mas com um risinho de ‘consegui fazer a turma rir'”, lembra.

Em “Elas Por Elas” ele vive Aramis, advogado que nutre uma paixão secreta por Yeda, a filha mais velha de Secco, vivida pela atriz Castorine. Mas este não é seu primeiro personagem na televisão. Em 2022, ele atuou ao lado de Elizabeth Savalla em “Quanto Mais Vida, Melhor”, como São Judas Tadeu.

O trabalho como criador de conteúdo digital (ele prefere não ser chamado de influenciador) rendeu bons frutos e, somado ao trabalho na TV, já conseguiu o que mais queria: um cantinho para chamar de seu. Mudou-se da casa dos pais, onde morava quando começou na internet.

“Agora moro em frente à Lagoa [bairro no Rio de Janeiro], onde sempre quis. Tenho meu carro e consigo proporcionar coisas para a minha mãe também, que sempre foi uma guerreira. Uma educadora que, infelizmente, é pouco valorizada no Brasil, com salários que são desrespeitosos.”

MARIA PAULA GIACOMELLI / Folhapress

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