SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O prefeito de Nova York, Eric Adams, afirmou que hospitais públicos da cidade vão oferecer atendimento sobre aborto via telessaúde.
As prescrições para pílulas abortivas passariam a estar disponíveis por telefone ou online, segundo Adams. Segundo o governo local, esse é o primeiro serviço do tipo nos Estados Unidos.
Serviço vai funcionar sete dias por semana, das 9h às 21h. De acordo com a prefeitura, isso permitirá às mulheres acesso ao aborto legal e seguro. O aborto medicamentoso por telessaúde estará disponível para pacientes clinicamente elegíveis com até 10 semanas de gravidez.
As pacientes devem estar em Nova York no momento da ligação e devem atestar que farão o uso do medicamento na cidade, de acordo com a prefeitura.
“Aqui na cidade de Nova York não vamos permitir que a extrema-direita continue sua cruzada para tirar os direitos reprodutivos das mulheres. […] Se você for clinicamente elegível, o provedor poderá prescrever a medicação para aborto, que será entregue no seu endereço de Nova York em poucos dias. […] Nunca vamos parar de lutar pelo direito de uma mulher de escolher qual a medida é a certa para ela, e nunca vamos parar de trabalhar para fazer tratamento mais acessível a todas as nova-iorquinas. Isso é sobre proteger a habilidade das mulheres de controlarem os próprios corpos, escolhas e liberdades”, afirmou o prefeito em discurso nesta segunda-feira (2).
Em 2022, o prefeito assinou medidas que tornaram a medicação para aborto gratuita em todas as clínicas do departamento de saúde de Nova York.
A medida do prefeito segue na contramão da decisão da Suprema Corte dos EUA que, no ano passado, derrubou a decisão do caso Roe vs. Wade, que obrigava todos os estados americanos a assegurarem esses direitos às mulheres. Desde a reversão, 14 estados proibiram a realização de abortos em seus territórios, enquanto outros tornaram o processo muito mais restrito.
THIAGO BOMFIM / Folhapress