Araçatuba comemorou o Dia da Árvore com galhardia, a Prefeitura autorizou o corte de 42 árvores na zona urbana da cidade, na esquina das ruas Porangaba com a Júlio Prestes. Numa semana de altas temperaturas.
Teremos menos sombra para se esconder do Sol. E os membros do Clube da Árvore de Araçatuba deviam estar rindo e descansando numa sala com ar condicionado. Os lenhadores festejaram tal façanha.
Antes de autorizar a derrubada de árvores, a Prefeitura de Araçatuba, por meio de sua Secretaria de Meio Ambiente, deveria procurar o requerente para discutir com ele se não seria possível incluir na construção a preservação das árvores.
As árvores deixariam o prédio mais frescos, embelezariam o lugar, faria com que o progresso fosse a favor da vida. Araçatuba agradeceria. Derrubar por derrubar não justifica, é um ato predador, um atentado contra o planeta.
O terreno, segundo os negacionistas do meio ambiente e lenhadores, onde Araçatuba vai receber um “grande empreendimento”, abrange um quarteirão e as árvores não ocupavam nem 10% da área. Eles acham que as árvores são seres menores, vidas desprezíveis, ainda consideram que o homem veio à Terra para dominar e destruir o planeta.
Um grande empreendimento pode conviver com a preservação da natureza. Preservar as árvores é defender nossas vidas. Precisamos valorizar todas as formas de vida.
A lei que normatiza a derrubada de árvores serviu para uma época; atualmente, precisa ser atualizada com os novos conhecimentos da humanidade. Estou escrevendo isso só agora, porque tudo aconteceu na semana em que eu estava sepultando minha mulher.