O assunto de hoje de Jorge Kajuru é prêmio Nobel de Medicina 2023 , ganho pela bioquímica húngara Kátalin Karikó e pelo imunologista norte-americano Drew Weisman.
Pesquisadores do tipo que se distanciam do mundo trancados em laboratórios, descobriram que o RNA de forma simplificada um tradutor das nossas características contidas no DNA – seria capaz bloquear a ativação de reações inflamatórias e aumentar a produção de proteínas entregue às células.
Isso foi lá atrás, em 2005, ano em que o estudo deles foi divulgado e ignorado. Porém, em 2020, logo depois de conhecido o código genético do SARS-CoV-2 -o vírus causador da covid-19 – a dupla se mostrou decisiva na criação de vacinas com um dos três tipos de RNA, o mensageiro.
Superada a pandemia, a tecnologia já está sendo testada para a prevenção de doenças como HIV, zika, ebola e herpes, além de novas vacinas mais eficazes para tuberculose, malária, dengue e gripe.
Há ainda estudos promissores que implementam o RNA mensageiro para o combate ao câncer. Em tempos de terraplanismo, o exemplo de amor à ciência da dupla Kátalin Karikó e Drew Weisman serve de alento para a espécie humana.
Jorge Kajuru