‘Rei da noite paulistana’, Facundo Guerra estreia na televisão à frente de reality show

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Já são quase 20 anos transformando espaços decadentes em locais badalados de lazer. Nesse período, Facundo Guerra, 49, montou ou reformou 25 bares, restaurantes e casas noturnas, a maioria na região central de São Paulo. Alguns, como o Cine Joia, o Blue Note e a Love Story, são bem conhecidos pelo público da cidade, o que lhe rendeu a alcunha de “rei da noite paulistana”.

A partir desta semana, o empresário vai acrescentar ao currículo o posto de apresentador. Na terça-feira (10), ele estreia à frente do reality de competição Shaking the Bar, do canal pago Sony, em que procura o drinque perfeito. Facundo diz que já pegou o timing das gravações, mas confessa que ainda há pontos a melhorar nessa sua estreia à frente das câmeras.

“Gosto de ficar nos bastidores e montar o palco para outras pessoas brilharem, mas fiz o meu melhor com as ferramentas que eu tinha”, comenta em entrevista ao F5. “Não sou um comunicador, mas tenho minha verdade e não há encenação. Não teve um episódio em que alguém não tenha chorado. A cada programa, criávamos uma relação mais sólida com os bartenders. É horroroso eliminar.”

Na atração, os participantes precisam apresentar uma bebida conceitual e perfeita, mas também um planejamento empreendedor, de marketing e de divulgação do trabalho. O prêmio é de R$ 500 mil para o grande campeão, que também poderá contar com a consultoria de Facundo para alavancar seu negócio.

O empresário conta que os participantes –são 14 ao todo nesta primeira temporada– não precisam necessariamente ser bartenders profissionais, muito menos premiados. “No fim das contas, o propósito é dar um empurrão naquele brasileiro perdido e descontente com seu emprego e influenciá-lo a sair da zona de conforto”, afirma.

Porém, quem quiser ir longe precisa estar atento aos ensinamentos passados por ele e pelos demais especialistas que compõem o júri. “Tenho o objetivo de educar entretendo”, diz Facundo, para quem a profissão de bartender necessita de um “refinamento intelectual”. “Eles usam o drinque como um fio condutor para contar uma história”, explica.

Empolgado com a novidade, Facundo –que nasceu na Argentina e veio para o Brasil com 6 anos de idade– diz viver uma de suas melhores fases. “Não quero sair de São Paulo, estou feliz com minha vida financeira; não quero expandir, só me renovar. E o Shaking está dentro desse desejo. Já há uma segunda temporada por vir. É um programa com potencial de mudar a vida das pessoas”, avalia.

LEONARDO VOLPATO / Folhapress

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