RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Tiquinho Soares viveu um dia de herói na vitória do Botafogo sobre o Fluminense, um jogo após após ter sido “pivô” da demissão de Bruno Lage.
O camisa 9 foi titular e marcou um bonito gol após ter ficado no banco contra o Goiás, o que causou a revolta da torcida.
A forma como a mudança foi feita não foi bem avaliada pela diretoria e culminou na demissão de Lage.
Contra o Fluminense, o atacante teve o nome gritado pela torcida ainda no aquecimento e foi celebrado ao ser anunciado no time titular.
O atacante fez um gol por cobertura em Fábio o segundo do time na vitória por 2 a 0, e foi até “defendido” pelos alvinegros.
O gol aconteceu quando o Botafogo atacava de frente para a torcida do Fluminense, que estava em maior número por ser o mandate. Na celebração, correu e fez o famoso gesto do muque e outra mão segurando o calção.
Copos de plástico voaram em sua direção e, enquanto o VAR checava um possível impedimento, os tricolores o xingaram: “Ei, Tiquinho, vai tomar…”. Tão logo o gol foi confirmado, a torcida alvinegra aumentou o volume e cantou o nome do jogador em resposta aos insultos.
A vitória foi importante para o Botafogo na caminhada no Brasileiro, não apenas pela pontuação. O time, líder, não vencia há quatro jogos perdeu para Flamengo, Atlético-MG e Corinthians, e empatou com o Goiás.
‘NÃO CONSEGUIMOS IMPOR O QUE ELE QUERIA’
Eleito o “craque do jogo”, eleição feita pela TV Globo, ele falou sobre a união do elenco e admitiu que houve problemas do grupo com as ideias de jogo de Lage.
“Quero deixar bem claro que o grupo do Botafogo está fechado, está todo mundo unido. Infelizmente com o nosso outro técnico não conseguimos impor o que ele queria. Temos grandes jogadores. Pode ser qualquer treinador que vier para cá, o mais importante sempre vai ser o Botafogo”, disse Tiquinho Soares.
DEMISSÃO DE LAGE
A demissão de Bruno Lage aconteceu na noite da última terça-feira, dia seguinte ao empate com o Goiás, no Nilton Santos.
A decisão foi tomada porque a diretoria entendeu que o treinador português havia “perdido o vestiário”.
O fato se somou a observações anteriores sobre falta de diálogo e explicações quanto às modificações de posição.
Os dirigentes não viam problema nas mexidas e davam liberdade ao treinador, mas avaliaram que, da forma como a questão vinha sendo conduzida, a confiança do grupo estava sendo minada.
Redação / Folhapress