O assunto é o Prêmio Nobel da Paz, concedido neste 2023 a uma mulher, a iraniana Narges Mohammadi, que está presa desde o ano passado. Narges Mohammadi lidera a luta das mulheres contra a opressão do regime instalado no Irã em 1979. Ela também se opõe à pena de morte, de uso frequente naquele pais do Oriente Médio.
A situação das mulheres iranianas ganhou destaque mundial em 2022, depois da morte de Mahsa Amini, presa sob a acusação de uso incorreto do véu islâmico, ao deixar aparecer uma mecha do cabelo. Segundo a família, ela foi vítima de espancamento.
A mulher iraniana agraciada com o Nobel da paz é jornalista e mãe de gêmeos. Narges Mohammadi foi detida 13 vezes e sofreu cinco condenações – com penas somadas de 31 anos de reclusão, além de 154 chibatadas.
O governo do Irã condenou a sua premiação, alegando que ela está presa por divulgar propaganda contra o Estado. Já o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos destacou que a concessão do Nobel da Paz para Narges Mohammadi é um tributo à coragem das mulheres do Irã. O slogan que elas entoam durante as manifestações é “Mulher, vida, liberdade”.
Confira abaixo: