Ministério da Saúde abre consulta pública sobre efeitos do uso de telas por crianças e jovens no país

Adolescentes ficam cada vez mais tempo em frente às telas |

O Ministério da Saúde abriu nesta terça-feira (10) consulta pública para ouvir a sociedade sobre estratégias para o uso consciente de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes.

Segundo estudos científicos recentes, o uso excessivo de aparelhos eletrônicos como smartphones por jovens nesta faixa etária traz riscos à saúde, além de aumentar o risco de vitimização e abusos, inclusive sexuais.

A Folha de S.Paulo mostrou como plataformas como o Discord se tornaram “terra sem lei”, com abusos sexuais e agressões envolvendo jovens.

Não há, no entanto, uma orientação governamental específica sobre essa temática no país.

A proposta da pasta da saúde é justamente utilizar as informações coletadas durante a consulta pública para a elaboração de diretrizes específicas, com formulação de um guia oficial para uso consciente de dispositivos digitais, tendo como ponto de partida o diagnóstico que pais, mães, familiares, responsáveis pelas crianças e jovens e profissionais de educação apresentarem, com orientações baseadas em evidências, ajudando a lidar com a nova realidade do uso abusivo de telas e eletrônicos por crianças e adolescentes.

A consulta pública estará disponível pela plataforma Participa.br pelo período de 45 dias a partir da data de lançamento, nesta terça (10). Serão ouvidas famílias, educadores, usuários de serviços e dispositivos digitais, organizações da sociedade civil e o setor privado.

A elaboração do guia será feita com base nos subsídios coletados na consulta, com o auxílio de um grupo de trabalho de especialistas no assunto, e deve ocorrer ao longo de 2024.

A iniciativa é conjunta da Secretaria de Políticas Digitais da Secom/PR (Secretaria de Comunicação da Presidência) e dos ministérios da Saúde, da Educação, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e da Cidadania e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

Redação / Folhapress

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