SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Ministério da Defesa de Israel afirmou nesta quarta-feira (11) que há brasileiros entre as pessoas mantidas reféns pelo grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. O anúncio foi feito por Jonathan Conricus, porta-voz do Exército israelense.
“Temos [entre os reféns] americanos, britânicos, franceses, alemães, italianos, brasileiros, argentinos, ucranianos e diversos outros países”, disse ele em vídeo. “Estamos comprometidos a trazê-los de volta.”
Segundo Conricus, o desafio do resgate dos reféns não é apenas de Israel. “Isso é algo que preocupa diversos países livres do mundo”, afirmou.
O grupo terrorista Hamas disse ter feito mais de cem reféns durante a incursão a Israel, no sábado (7). As Brigadas al-Qassam, braço armado do grupo, ameaçaram executar as vítimas sequestradas caso Tel Aviv prosseguisse com bombardeios contra Gaza. A ameaça não intimidou as forças israelenses, que continuam atacando o enclave palestino.
Ao menos dois brasileiros morreram no conflito. A morte de Bruna Valeanu, 24, foi confirmada nesta terça (10) por familiares e pelo Itamaraty. Na véspera, havia sido anunciada a morte do gaúcho Ranani Glazer. Ambos estavam em um festival de música eletrônica perto do kibutz Re’im, a poucos quilômetros da fronteira com Gaza, quando o local foi invadido por extremistas.
Um terceiro cidadão brasileiro, ainda não identificado, continua desaparecido. Participantes da festa dizem que uma sirene tocou ao amanhecer e foi seguida de barulhos de tiros. Os participantes do evento tentaram fugir do local correndo ou em carros, mas encontraram jipes de terroristas armados. Mais de 260 corpos foram encontrados no local.
Além dos reféns mantidos pelo Hamas, o chefe do grupo palestino Jihad Islâmico, Ziad al-Nakhala, afirmou que sua facção mantém em cativeiro mais de 30 dos israelenses que foram sequestrados na Faixa de Gaza desde sábado.
Os atentados do grupo terrorista são os piores sofridos por Israel em 50 anos. A incursão do Hamas deixou mais de 1.200 mortos em solo israelense. Já os ataques retaliatórios mataram ao menos 1.055 na Faixa de Gaza. No total, 2.255 mortes tinham sido confirmadas no conflito até a manhã desta quarta.
Redação / Folhapress