SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A prefeitura de Taió (SC), realocou nesta quarta (11) moradores que estavam estão em abrigos na cidade para um município vizinho. A medida foi tomada após a decretação de calamidade pública por conta de enchentes e por previsão de mais chuva na região.
De acordo com informações do município, cerca de 300 moradores foram levados pelo Exército para uma estrutura em Pouso Redondo, a cerca de 20 km.
Segundo a prefeitura, o nível do rio Itajaí do Oeste pode chegar a 13 metros, sendo a cota de emergência fixada em 14 metros. As sete comportas do rio estão fechadas.
A gestão municipal solicitou doações de descartáveis, papel toalha, sabão em pó, fermento, colchões, caixas de areia e transporte para animais, fraldas tamanho extra grande, cestas básicas, água e outros mantimentos.
O prefeito da cidade, Alexandre Purnhagen, pediu que os moradores que puderem se realocar saiam de casa. “Pessoas que estão no segundo andar saiam, façam esse movimento. É importante sair. Numa condição de chuva, com tempo instável, rede elétrica próxima da água, tudo isso vai dificultar depois qualquer tipo de salvamento”, disse ele em entrevista coletiva.
Segundo o governo de Santa Catarina há 138 municípios com danos causados pela chuva. Delas, 98 cidades decretaram situação de emergência. O presidente Lula se reuniu com ministros para debater ajuda ao estado.
Fechamento de comportas
A prefeitura de Taió solicitou, na quarta que o governo reveja a decisão de fechar as comportas de barragens na tentativa de minimizar os efeitos das cheias dos rios para algumas cidades.
Vídeo divulgado em redes sociais na noite de terça-feira (10) mostra trecho do telefonema do prefeito Alexandre Purnhagen (MDB) ao coordenador de Monitoramento e Alertas da Defesa Civil estadual, Frederico Rudorff, no qual o mandatário da cidade apela para que as comportas da barragem de Taió sejam gradualmente abertas. “Estamos no limite”, disse.
O prefeito teme o acúmulo de água no reservatório e defende fluidez por etapas. O governo do estado afirmou que faria a reabertura gradual.
Redação / Folhapress