SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bolsa brasileira operava em queda enquanto o dólar subia nesta terça-feira (17) com a escalada do conflito entre Hamas e Israel. Bolsas europeias e índices americanos também seguiam o tom negativo.
Além do conflito no Oriente Médio, investidores também monitoram pronunciamentos de autoridades do Fed (Federal Reserve, o banco central americano) sobre o futuro da política de juros americana.
“A volatilidade no mercado de títulos americanos segue como um importante ponto de preocupação, com investidores divididos diante do aumento dos riscos geopolíticos, as dificuldades fiscais nos EUA e a incerteza em torno dos próximos passos do Federal Reserve na condução da política monetária”, diz a equipe da Guide Investimentos.
No Brasil, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou que o setor de serviços teve contração de 0,9% em agosto, resultado bem menor que o esperado por analistas, de avanço de 0,4%.
Às 10h21, o Ibovespa caía 0,56%, aos 115.870 pontos, enquanto o dólar avançava 0,52%, cotado a R$ 5,061.
Na segunda (16), o dólar caiu 1,03% e terminou o dia cotado a R$ 5,035, com notícias positivas sobre a economia chinesa e o avanço das commodities se sobrepondo à guerra entre Israel e Hamas.
Já a Bolsa brasileira teve avanço de 0,67%, aos 116.533 pontos, impulsionada tanto pela diminuição da aversão ao risco quanto pelo avanço do minério de ferro que, por sua vez, foi favorecido pelo anúncio de estímulos econômicos na China.
“O Ibovespa se recuperou das perdas da sexta (13), quando os investidores evitaram assumir riscos diante da possibilidade de escalada do conflito Israel-Hamas. Com os efeitos ainda limitados da guerra, o mercado se apoiou no alívio das preocupações com os juros nos EUA e da alta do minério de ferro em Singapura e Dalian”, afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos.
Os principais índices acionários dos EUA também fecharam em forte alta. O S&P 500, o Dow Jones e o Nasdaq subiram 1,06%, 0,93% e 1,20%, respectivamente.
Com Reuters
Redação / Folhapress