Jornalista é agredido após cachorro fazer as necessidades na rua, em Praia Grande

Foto: Arquivo Pessoal

Um homem, de 37 anos, alega ter sido agredido pelo segurança de uma colônia de um sindicato, na noite da última terça-feira (17), em Praia Grande. O caso ocorreu por volta das 20h50, em frente ao Sinthoresp (Sindicato dos Trabalhadores em Hotéis, Apart Hotéis, Motéis, Flats, Pensões, Hospedarias, Pousadas, Restaurantes, Churrascarias, Cantinas, Pizzarias, Bares, Lanchonetes, Sorveterias, Confeitarias, Docerias, Buffets, Fast-Foods e assemelhados de São Paulo e região), que fica na Rua Antônio Monteiro, no bairro Mirim.

De acordo com a vítima, o jornalista Geoffrey Scarmelote, a confusão começou por conta das fezes do cachorro dele, que teriam irritado o suposto agressor. “Estava passeando com o meu cachorro e ele fez cocô. Eu estava sem sacola. E eu nem tinha visto que ele fez cocô, porque ele (o cão) foi para longe, na esquina de uma colônia de férias que tem aqui”.

Após o animal fazer as necessidades, o segurança começou a reclamar, cobrando que o jornalista recolhesse as fezes. Segundo Geoffrey, o homem também o ofendeu. “Você não vai recolher? Eu falei, eu tô sem sacola. Me arruma uma que eu recolho. Depois ele começou a me xingar, inclusive com ofensas homofóbicas”.

Em seguida, o jornalista retrucou, dizendo para o homem estudar e para arrumar uma profissão melhor. “Eu falei, ó, não é porque você tá com uma fardinha que você é melhor do que eu. Não enche o meu saco”, contou.

Após o ocorrido, Geoffrey atravessou a rua, mas segundo ele, foi seguido pelo homem. “Ele começou a vir pra cima de mim, me ameaçando, falando que ia me pegar quando ele estivesse sem farda. Eu peguei, liguei o celular e comecei a filmar. Aí ele mudou completamente o tom”, disse.

Vídeo: Arquivo Pessoal

Nas imagens é possível ver um pouco do bate-boca. (veja acima)

O jornalista afirmou que , por conta da confusão, o cachorro dele acabou escapando da coleira e fugindo. Ele disse que , após recuperar o animal e levar o pra casa, voltou ao local, para continuar a discussão, momento em que foi agredido. “Ele me bateu, meu pai teve que ir atrás, quebrou os meus óculos, meu nariz sangrou. Eu tô com vídeo, tô com as fotos”, disse Geoffrey.

Para ele, o conflito foi desnecessário. “Eu cometi dois erros: não levei a sacola e fui classista. Só que a outra parte começou a ser homofóbica. Aí não tem justificativa. A agressão não tem justificativa, você entende? Eu acho que poderia ter sido evitado com educação, com respeito às diferenças”, disse o tutor do animal.

Foto: Arquivo Pessoal

A vítima registrou dois boletins de ocorrência na Delegacia Eletrônica, sendo um deles por ameaça e lesão corporal e o outro por injúria e ameaça. O caso deve ser investigado pelo 3° Distrito Policial (DP) da cidade.

A reportagem procurou o Sinthoresp, que é responsável pela colônia onde o segurança trabalha, para saber o posicionamento deles sobre o ocorrido, mas até o momento não obteve resposta.

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