10 anos após a morte da criança Joaquim, a mãe e o padrasto do garoto, morto em 2013, deverão conhecer as sentenças que os condenarão pelo suposto crime cometido. Já foram ouvidas 34 testemunhas, num processo que possui mais de 6 mil páginas.
Os réus são Natália Ponte, a mãe biológica da criança, e o padrasto Guilherme Longo. De acordo com a acusação, Guilherme teria aplicado uma dosagem excessiva de insulina em Joaquim, que era diabético. Em seguida, segundo a Procuradoria, o padrasto teria jogado o corpo em um córrego perto da casa da família. Natália é acusada de omissão.
Guilherme e Natália relatam detalhes do ocorrido. Na ocasião, Guilherme assumiu o vício em cocaína e episódios de agressão contra a mãe do garoto, além de ameaçá-la de morte. A respeito do falecimento do garoto, entretanto, Longo descarta a participação. Segundo ele, antes de sair de casa para buscar entorpecentes, teria colocado Joaquim para dormir, não avistando mais o garoto.
Em relação às agressões, o fato foi confirmado pelo Ministério Público. Ainda segundo a promotoria, o ciúme teria sido um dos fatores para a realização da violência contra a criança. Ainda durante o relato, em 2015, Guilherme disse que, logo depois da descoberta da diabetes do enteado, não gostava que Arthur, pai de Joaquim, ficasse ligando para Natália. Para a mãe Natália, cabe a omissão. Segundo o MP, a matriarca tinha o dever de garantir a integridade física e psíquica da criança, o que não foi cumprido.
Guilherme está preso na Penitenciária de Tremembé, depois de ter fugido para a Espanha em 2018, onde foi preso e trazido de volta ao Brasil. Natália responde em liberdade pelo crime de omissão e por homicídio triplamente qualificado.
A reportagem do THMais está acompanhando o caso e assim que houver a divulgação da sentença, nós daremos a informação.