O presidente da Funai, Marcelo Xavier, foi exonerado. Ele estava à frente da Funai desde julho de 2019. Ele presidiu a Fundação em um período de invasões recordes de terras indígenas, com destaque ao crescimento do garimpo ilegal nas terras protegidas. O agora ex-presidente da Funai esteve pessoalmente envolvido em um caso envolvendo suspeitas de ocupação ilegal dos territórios.
Um áudio interceptado pela Polícia Federal apontou que Xavier estava oferecendo ajuda a um servidor preso após participação em um esquema ilegal de aluguel de terras indígenas no Mato Grosso. Na época das acusações, a Funai negou irregularidades e disse que o áudio estava “descontextualizado”. Recentemente, Marcelo Xavier viu a sede da Funai como alvo de um mandado de busca e apreensão cumprido no dia 14 de dezembro, em uma operação contra a grilagem de terras no Pará. A casa do coordenador geral de indígenas isolados, Geovânio Katukina, também foi alvo dos agentes.
Além de Xavier, outros nomes do governo Bolsonaro também foram demitidos. São eles:
- Luana de Lima Machado, Secretária Nacional da Juventude do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos
- Marcos Aurélio Venancio, Diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)
- Marcus Henrique Morais Paranaguá, Secretário de Clima e Relações Internacionais do Ministério do Meio Ambiente
As demissões foram publicadas no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 29.