O policial militar Gustavo de Souza Militão Pavlik, que foi condenado pela Justiça a cumprir cinco anos de prisão, voltou a trabalhar na corporação após um ano da decisão da Justiça. Ele foi foi acusado de ser o responsável pelo atentado contra a deputada estadual Solange Freitas (União Brasil).
O crime ocorreu em novembro de 2020, onde a jornalista era candidata à prefeita de São Vicente. Ela e a equipe foram surpreendidos por um motociclista, que deu quatro disparos na área do passageiro, mas ninguém ficou ferido
A informação sobre o retorno do PM ao trabalho foi confirmada pelo advogado de defesa de Diego Nascimento Pinto. Diego é o segundo envolvido no crime. O julgamento dele começou no Fórum de São Vicente nesta terça-feira (24/10) e segue nesta quarta (25/10).
Solange Freitas comentou sobre o assunto. “Eu soube que ele já saiu da cadeia e pior ainda, que ele voltou para PM. Como pode um condenado por tentativa de homicídio voltar à corporação? Não dá pra acreditar né?”, disse Solange.
Na época, o policial perdeu o cargo público, uma vez que a conduta dele foi considerada incompatível com a responsabilidade e o grau de compromisso com o bem comum exigidos pela corporação. Só que segundo o documento, “embora [ele] não possa ser considerado tecnicamente como detentor de maus antecedentes, o fato é que sua culpabilidade foi intensa”, explicava a sentença.
Solange disse ainda que vai buscar esclarecimentos juntos aos órgãos estaduais. “Eu vou procurar a Segurança Pública do estado e o governador, porque não é possível que isso tenha acontecido. Se isso aconteceu comigo, que sou uma deputada, imagina o que não acontece com a população?”, finalizou.
A Polícia Militar informou que ele responde o processo em liberdade, após receber o alvará judicial. Ele obteve progresso disciplinar e está na Corregedoria, que segue fazendo análise. Ele ainda passou por cirurgia, devido a um problema de saúde.