Rodrigo Ogi escreve narrativas vivas, com esquemas de rimas complexas e flows inéditos. Seu trabalho bebe no realismo fantástico, no surrealismo e na música contemporânea brasileira. Com seu recém lançado novo álbum, “Aleatoriamente”, ele mostra porque sempre é lembrado como um dos escritores mais criativos dentro do gênero.
No Vitrine com Lívia Nolla, o artista fala sobre sua trajetória com o rap, o poder de contar histórias pelo hip hop e percorre sua discografia.
Rodrigo Ogi
Reconhecido por ser um dos nomes mais importantes e influentes do rap nacional, o rapper, cronista e beatmaker paulistano: Rodrigo Ogi conseguiu o feito de todos os seus quatro álbuns figurarem nas listas mais sérias e relevantes de melhores discos do período em que foram lançados.
Rodrigo nasceu na cidade de São Paulo, em 1980, e começou a rimar em 1994, mas acabou abandonando o rap para entrar no grafite e na pichação. Retornou em 2003, quando entrou para a banda Contrafluxo com quem gravou 2 álbuns.
Em 2011, veio o primeiro álbum solo, “Crônicas da Cidade Cinza”, com 19 faixas dedicadas à cidade de São Paulo. Em 2015, o segundo álbum, “R Á !” trouxe 16 canções que acessavam mais a interioridade e inconsciente do artista.
Em 2016, com o EP “Pé No Chão”, Rodrigo Ogi quebrou ainda mais a quarta parede e entrou em contato profundo com quem escutava a sua arte.
Em 2021, sua canção “Crash”, com produção de Kiko Dinucci e gravada por Juçara Marçal no disco Delta Estácio Blues, ganhou o Prêmio Multishow na categoria Canção do Ano.
Agora em 2023, com “Aleatoriamente”, seu recém lançado e aclamadíssimo novo álbum – que conta com a produção de Kiko Dinucci – o artista mostra ao longo de suas 12 faixas, porque sempre é lembrado como um dos escritores mais criativos dentro do gênero.
“O rap me arrebatou de cara. Quando eu escutei a música Pânico na Zona Sul, dos Racionais, eu identifiquei tudo o que estava acontecendo ali onde eu morava. Coisas que eu não aprendia na escola”.
Durante o papo, Rodrigo Ogi relembrou sua infância no bairro Jardim Celeste, em São Paulo. Sua avó – que contava muitas histórias – o incentivou a tornar-se um cronista da vida real, um contador de histórias por meio do Rap, além de sua mãe, que incentivava muito a leitura, desde que ele foi alfabetizado.
“Minha mãe incentivava muito à leitura. Certa vez eu encontrei umas redações minhas com 6 ou 7 anos, quando estava sendo alfabetizado, e elas já eram contando histórias.”
Rodrigo conta que o Rap foi seu primeiro estilo musical, que o arrebatou desde a primeira vez que escutou Racionais MC’. A partir do fato, o artista passou a ser um pesquisador do rap nacional e internacional e passou a escrever rap, como hobby, a partir de 1992.
Logo migrou para o grafite e a pichação, pois tinha uns amigos que já faziam. Só retornou ao rap em 2003, e entrou para a banda Contrafluxo, com quem lançou dois álbuns.
Sobre o ‘Vitrine’
O Vitrine chega na grade da novabrasil para celebrar os novos talentos da música brasileira. Nomes expoentes da nossa música ganharão espaço e destaque na programação da rádio.
Apresentado por Lívia Nolla, pesquisadora musical e garimpeira de carteirinha, é no Vitrine que os ouvintes vão conhecer os artistas e os sons que estão se destacando na cena musical.
Confira a playlist oficial do programa:
Por: Bianca Sousa