Coritiba bate Inter em jogo com quatro pênaltis e expulsão em tempo recorde

RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O Coritiba venceu o Internacional, por 4 a 3, pelo Brasileirão, hoje (29), no Beira-Rio. Foi a sexta vitória do time paranaense em 30 rodadas da Série A.

Os gols do Coxa foram de Garcez, Matheus Bianchi e Robson, duas vezes. Alan Patrick, Bruno Henrique e Enner Valencia marcaram para o Colorado.

O enredo do jogo foi condicionado pelo cartão vermelho para Vitão, do Inter, logo aos 8 minutos e 37 segundos. Foi a expulsão mais rápida do Brasileirão 2023.

O VAR atuou de forma intensa, participando não só do lance da expulsão, mas também da checagem de dois dos quatro pênaltis da partida — outro recorde desta edição.

Com o resultado, o Internacional estacionou na escalada em busca de uma vaga na Libertadores: está em 11º, com 38 pontos.

Já o Coritiba segue em situação complicada na luta contra o rebaixamento: em 19º, tem 23 pontos, 11 a menos que o Santos, o primeiro time fora da zona de rebaixamento.

Na próxima rodada, o Inter recebe outro time que está na zona de rebaixamento: o América-MG, quarta-feira (1), às 19h.

O próximo adversário do Coritiba também é gaúcho: o Grêmio, quarta (1), às 20h, no Couto Pereira.

Expulsão e choro

A história da partida sofreu uma mudança crucial logo no início. O zagueiro Vitão cometeu uma falta aos seis minutos e inicialmente levou cartão amarelo.

Mas o VAR entrou em ação e o árbitro mudou a decisão: o defensor foi expulso. A interpretação é que ele derrubou Garcez em uma situação clara de gol, antes de entrar na área.

Vitão chorou enquanto deixava o campo e pedia desculpas ao torcedor e aos companheiros colorados. Àquela altura, o jogo já estava em 9 minutos. E aí a história ficou mais favorável ainda para o Coritiba.

O primeiro tempo foi intenso e bastante movimentado, até pela ausência de um jogador importante na defesa colorada. Isso equilibrou um jogo no qual o time da casa, em tese, teria tranquilidade para vencer.

Mas o Coritiba, à beira do desespero, não tem nada com isso. O primeiro gol saiu aos 27 minutos do primeiro tempo, com o próprio Garcez, pegando a sobra na área e batendo no canto. Detalhe é que quase teve um gol contra no segundo anterior, porque Johnny tentou cortar o cruzamento de carrinho e mandou na trave.

Só depois que tomou o gol que Coudet recompôs a defesa, sacando De Pena e colocando Igor Gomes.

O empate do Inter veio em um pênalti cometido por Bruno Gomes em Maurício. O meia colocado foi calçado na área, quando iria receber uma cobrança de lateral. Alan Patrick não desperdiçou, já aos 42 minutos da etapa inicial.

Mas como houve paralisações pelo VAR, o primeiro tempo teve oito minutos de acréscimos. Deu tempo para Matheus Bianqui devolver a vantagem para o Coritiba, com uma bela cabeçada, após cruzamento vindo da direita.

Chuva de pênaltis

No segundo tempo, a proposta do Coritiba foi voltar sem o autor do gol — Matheus Bianqui — porque ele tinha levado amarelo. Precaução para que o jogo não ficasse no 10 contra 10.

O Inter teve chances de gol, mas ficou em situação mais difícil ainda em um colapso na saída de bola da defesa.

Quando Rochet tentou afastar e teve o lançamento bloqueado, a bola espirrou e Dalbert derrubou Robson na área. Inicialmente, a arbitragem anotou impedimento no campo. Mas o VAR notou que não havia posição irregular e o pênalti foi marcado. O próprio Robson fez o terceiro do Coxa.

O Inter ainda reagiu e diminuiu o placar em uma jogada que flerta entre um golaço e uma falha do goleiro Gabriel. Bruno Henrique, sim, acertou um bonito chute de fora da área. Mas Gabriel achou que a bola iria por cima e simplesmente tirou o braço da bola. A bola descaiu e entrou.

Seria a reação do Inter? Não. O time da casa fez mais um pênalti, com o jovem Dalla Corte, de 17 anos, que estreou pelo time principal. Robson, de novo, acertou a cobrança.

Fim da história? Não. Mais um pênalti. Agora para o Inter, depois de Reynaldo atingir o rosto de Nico Hernández na área. Valencia precisou do rebote para fazer o terceiro do Inter, já aos 52 minutos.

Detalhe que a derrota colorada se deu no dia em que estreou o novo uniforme, majoritariamente cinza, com detalhes em verde limão. Parecia mais que o time da casa era outro.

Outros lances importantes

Triscou! Alan Patrick cruzou para Enner Valencia, o centroavante cabeceou e a bola passou muito perto do gol, aos 22 minutos do primeiro tempo.

Como um gato! Alan Patrick bateu falta venenosa, a bola desviou na barreia e Gabriel voou para dar um soco na bola e afastar, aos 31 minutos do primeiro tempo.

No travessão! Batida de escanteio do Inter pela esquerda, Johnny toca de cabeça e a bola explode no travessão de Gabriel, aos 50 minutos do primeiro tempo.

FICHA TÉCNICA

INTERNACIONAL 3 x 4 CORITIBA

Local: Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)

Data/Hora: 29/10/2023, às 18h30 (de Brasília)

Árbitro: André Luiz Policarpo Bento (MG)

Assistentes: Guilherme Dias Camilo (Fifa-MG) e Leonardo Henrique Pereira (MG)

VAR: José Claudio Rocha Filho (Fifa-SP)

Cartões amarelos: Aránguiz, Enner Valencia, Maurício, Pedro Henrique, Johnny, Alan Patrick, Keiler (banco) (INT); Matheus Bianqui, Reynaldo, Marcelino Moreno, Natanael, Hayner (banco) (CTB)

Cartões vermelhos: Vitão (INT)

Gols: Garcez, aos 27’/1ºT (0-1); Alan Patrick, aos 42’/1ºT (1-1); Matheus Bianqui, aos 48’/1ºT (1-2); Robson, aos 25’/2ºT (1-3); Bruno Henrique, aos 38’/2ºT (2-3); Robson, aos 43’/2ºT (2-4); Enner Valencia, aos 55’/2ºT (3-4).

Internacional: Rochet, Bustos, Vitão, Nico Hernández e Dalbert (João Dalla Corte); Johnny, Aránguiz (Bruno Henrique), De Pena (Igor Gomes), Maurício (Pedro Henrique) e Alan Patrick; Enner Valencia. Técnico: Eduardo Coudet.

Coritiba: Gabriel, Natanael, Thalisson Gabriel, Henrique e Victor Luís; Bruno Gomes, Matheus Bianqui (Fransérgio) e Sebastián Gómez; Marcelino Moreno (Gabriel Silva), Robson e Garcez (Reynaldo). Técnico: Thiago Kosloski.

IGOR SIQUEIRA / Folhapress

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