O que se sabe sobre a queda de avião que deixou 12 pessoas mortas no Acre

Bombeiros trabalham no resgate de corpos | Foto: Corpo de Bombeiros do Acre/Divulgação

O Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, em Manaus, vai apurar as causas da queda de um avião de pequeno porte que deixou 12 pessoas mortas em Rio Branco, no Acre. O acidente ocorreu neste domingo (29), próximo ao aeroporto da cidade.

De acordo com a Aeronáutica, serão utilizadas técnicas específicas na investigação, “conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e confirmação de dados, a preservação de indícios, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias ao processo”.

Segundo o Governo do Acre, todos que estavam a bordo morreram no local. Na aeronave estavam seis homens, três mulheres e uma criança de 1 ano e 7 meses, além do piloto e do copiloto.

Ainda de acordo com o estado, o Departamento de Polícia Técnica Científica da Polícia Civil trabalha na identificação dos corpos.

Familiares das vítimas começaram a chegar ao Acre nesta segunda-feira (30) para ajudar no reconhecimento. Os parentes foram levados pela empresa responsável pela aeronave envolvida no acidente.

COMO O ACIDENTE ACONTECEU?

A aeronave Cessna Caravan modelo 208B caiu logo após a decolagem, por volta das 6h30, no horário de Rio Branco. O voo era particular, da empresa ART Taxi Aéreo, e tinha como destino o município de Envira, no interior do Amazonas.

Equipes do Corpo de Bombeiros que ficam baseadas no aeroporto foram acionadas pelo Centro de Operações Aéreas, além da guarnição do 3º Batalhão, do bairro Rui Lino, o mais próximo do aeroporto, para reduzir os danos do acidente e tentar resgatar vítimas com vida.

Ambulâncias do Samu, viaturas da Polícia Militar e um helicóptero também se deslocaram até o local para auxiliar nas ações de resgate.

Segundo as autoridades, a aeronave caiu em uma área de mata com difícil acesso, o que prejudicou a chegada das equipes.

“A aeronave estava com autonomia total de combustível, uma vez que havia acabado de decolar quando o acidente ocorreu, o que possibilitou o início de um incêndio florestal que logo foi controlado”, informou o Corpo de Bombeiros.

As chamas foram controladas cerca de quatro horas após a queda do avião. Somente em seguida, foi iniciada a retirada dos corpos e destroços.

QUEM ERAM AS VÍTIMAS?

O governo do Acre informou que todas as 12 pessoas a bordo morreram carbonizadas. No entanto, o diretor do departamento de Polícia Técnica Científica, Mário Sandro Martins afirmou nesta segunda que ainda não é possível confirmar a causa da morte.

“Logo que vieram para o IML, houve um exame cadavérico de cada corpo e daí ele vai analisar e emitir um laudo e pode apontar a causa da morte”, disse.

Ainda de acordo com Martins, já foram coletadas amostras dos restos mortais das vítimas. No entanto, ainda não há previsão para começar a identificar e liberar os corpos.

Uma entrevista individual foi iniciada com cada parente para obter informações que auxiliem na identificação. A perícia tenta a identificação por meio de DNA e autorreconhecimento.

Segundo a empresa ART Táxi Aéreo, responsável pela aeronave envolvida no acidente, as vítimas a bordo eram:

– Cláudio Atílio Mortari – piloto

– Kleiton Lima Almeida – copiloto

– Clara Maria Monteiro e Ana Paula Melo – criança de um ano e sete meses e mãe

– José Marcos Epifânio Mattos, 51 anos

– Antônio Cleudo Epifânio, 46 anos

– Edineia Teixeira da Silva, 38 anos

– Jamilo Maciel

– Raimundo Nonato Melo

– Alexsander Bezerra

– Francisco Eutimar

– Antonia Elizângela Gomes Bonfim, 41 anos

O QUE DIZ A EMPRESA?

A empresa afirmou que o avião tinha capacidade para até 14 pessoas e estava em situação regular. “A aeronave envolvida era certificada para o transporte remunerado de passageiros (operações para táxi aéreo) e estava com todas as rotinas de manutenção em conformidade com as normas e regulamentos”, disse, em nota.

ART informou ainda que o piloto e o copiloto tinham experiência e treinamento. “A tripulação engajada na operação era devidamente habilitada pela Anac, com todos os respectivos treinamentos em dia”, afirmou.

Procurada, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) confirmou as informações.

O advogado da ART Táxi Aéreo, Thiago Rodrigues Abreu disse à reportagem que a empresa está colaborando com as investigações e que vem prestando apoio aos familiares das vítimas.

“Estamos diligenciando para o mais rápido possível fazer a liberação dos corpos. Assim que forem liberados, iremos fazer os translados para os municípios de origem”, disse Abreu, que ainda afirmou que a empresa está prestando assistência funeral e apoio necessário às famílias.

Nesta segunda-feira , os familiares de quatro das 12 vítimas do acidente chegaram ao Acre em voo da ART Taxi Aéreo.

ALÉXIA SOUSA / Folhapress

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