Santos prepara celebração de 200 anos da imigração alemã

Créditos: Divulgação/Prefeitura de Santos

Quando se fala em imigração alemã, logo se imagina que os alemães vieram para Santa Catarina. No entanto, a cidade de Santos também tem uma história com a imigração deste público e por isso a prefeitura prepara uma celebração dos 200 anos da imigração alemã e também da presença luterana no Brasil.

Segundo a prefeitura, a Fundação Arquivo e Memória de Santos (Fams) estará envolvida na celebração da data junto com a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB). Na segunda-feira (30/10), representantes das duas instituições se reuniram no Outeiro de Santa Catarina, Centro Histórico de Samtps, para dar início às tratativas sobre essa data comemorativa.

Entre as ideias está a realização de uma exposição itinerante para contar essa história de 200 anos, a promoção de uma festa alemã e a reforma da Praça Martinho Lutero, no Gonzaga. Ele foi o responsável por fundar a Igreja Luterana e é visto como o criador do movimento protestante no mundo.

Segundo Felipi Schutz Bennert, pastor da IECLB, a história dos alemães e da Igreja Luterana em Santos tem mais de 117 anos.

“Na Praça dos Andradas havia a Escola Deutsche Schulle, a Escola Alemã, onde ocorriam reuniões e atividades culturais tanto do povo alemão quanto da igreja. Nos nossos arquivos, temos fotos desta escola e de eventos no seu entorno”.

Em 1906, ocorre a fundação da Igreja da Confissão Luterana na Cidade e, em 1935, é construído o templo que permanece até hoje na Avenida Francisco Glicério, 626, no José Menino.

No Brasil, os primeiros imigrantes alemães começaram a se estabelecer em 1824, nas regiões sudeste e sul do País, como parte de um programa de desenvolvimento da agricultura e ocupação da região sul. Nesta última, na cidade de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, foi fundada a primeira colônia alemã no País.

Importância da Cultura Alemã

Para o presidente da Fundação Arquivo e Memória de Santos, Luiz Dias Guimarães, a data será uma grande oportunidade para os santistas conhecerem melhor a cultura alemã. “Essa comemoração só comprova a diversidade cultural da nossa cidade, formada por tantos povos e histórias”.

Também participaram da reunião Rosa Gil Marsal, presidente da Igreja, Kathrin Grund, coordenadora da Missão aos Marinheiros, Daniel Deggan, missionário em treinamento, e Wânia Seixas, diretora-técnica da Fundação Arquivo e Memória de Santos.

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