SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Wilson Seneme, chefe de arbitragem da CBF, não viu erro de Anderson Daronco no pênalti marcado em Soteldo no jogo entre Corinthians e Santos.
Seneme defendeu Daronco e definiu o lance como “interpretativo”. “É uma jogada interpretativa. A regra faculta aos árbitros a interpretação. O Anderson interpretou algo que ele não conseguiu ver no campo […] Quem tem a posse da bola e quem joga? Isso é bastante importante, é fundamental para a análise e, aqui, eles analisaram que quem propõe o contato é o defensor e quem joga a bola é o atacante, apesar do defensor tentar tocar a bola”, disse durante o “Papo de Arbitragem”, programa semanal da CBF no qual a Comissão de Arbitragem avalia lances da rodada.
Daronco não será afastado. Apesar de não estar entre os árbitros que vão apitar os jogos da 31ª rodada do Brasileirão, neste meio de semana, o gaúcho não sofrerá nenhum tipo de punição.
Daronco e VAR viram ‘calço’ de Bruno Méndez em Soteldo. Em áudio divulgado pela CBF, o árbitro de campo disse não ter visto o contato, mas pediu para ir ao vídeo caso houvesse o choque entre os dois jogadores. Wagner Reway, VAR da partida, aconselhou o gaúcho a ir ao monitor revisar o lance após avaliar que o zagueiro do Corinthians cometeu falta no santista.
“Vou te mostrar. Ele [Bruno Méndez] põe o pé na passada do jogador [Soteldo], ok? Vou te dar um outro ângulo que dá para ver pouco o contato, mas dá para ver o movimento”, disse Reway. “Sim, com esse toque ele acaba calçando. O jogador número 25 calça na passada. A decisão é tiro penal sem cartão amarelo”, avaliou Daronco.
LANCE POLÊMICO
Aos 48 minutos do segundo tempo, Soteldo invadiu a área do Corinthians e tentou driblar Bruno Méndez, levando a bola para o fundo. Durante o lance, houve contato entre os pés dos dois jogadores.
Em campo, Anderson Daronco não marcou a penalidade, mas mudou de decisão após analisar o lance no VAR.
Na cobrança, Mendoza bateu alto e venceu Cássio. O gol fechou o placar em 1 a 1 na Neo Química Arena e irritou os jogadores e dirigentes do Corinthians, que criticaram o árbitro e o VAR.
Redação / Folhapress