O assunto de hoje é a segurança pública, tema que preocupa cada vez mais os brasileiros, mas nem sempre é tratado de forma isenta e objetiva. Um dos problemas na avaliação da crise na segurança pública é o viés ideológico.
Atualmente, por exemplo, a cada episódio de violência que acontece no país, a oposição dispara a artilharia contra o governo Lula; tenta jogar no Executivo Federal toda a carga de responsabilidade pela ação das facções do crime.
Eles esquecem, de forma conveniente, que, em nossa federação, a segurança pública é atribuição dos estados. É evidente que o governo federal deve participar, seja destinando recursos ou colocando à disposição de estados e municípios agentes da Força Nacional ou o setor de inteligência da Polícia Federal. O caminho é este.
Só o trabalho coordenado, integrando os vários níveis de poder, vai permitir um combate efetivo à bandidagem, que se estrutura por todo o pais. Mas não é apenas o poder público que deve agir. A sociedade civil também precisa se mobilizar.
O país tem de levar em conta que o crescimento sem limites das facções criminosas pode colocar em risco um bem maior: o Estado Democrático de Direito.