BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O ministro da Educação, Camilo Santana, descartou nesta segunda-feira (6) a hipótese de cancelar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) após a divulgação de imagens da prova.
“De forma alguma”, respondeu o ministro, ao ser questionado sobre o assunto.
Camilo participou de uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Palácio do Planalto. Também participaram o presidentes do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Fernanda Pacobahyba, e o novo presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira.
O objetivo do encontro foi tratar do programa de renegociação das dívidas do Fies. No entanto, Camilo também acrescentou que informou que fez para o mandatário um balanço do Enem.
O ministro disse que as 15 prisões realizadas no domingo (5), com relação com o Enem, foram “ocorrências pontuais”.
“Foram ações pontuais. Essas pessoas que foram presas são adultos. Todas as ocorrências estão sendo investigadas pela Polícia Federal, para que a gente possa dar respostas para essas ocorrências”, afirmou o ministro.
Camilo não deu detalhes sobre os motivos das prisões. Apenas acrescentou que se trata de pessoas que tiveram atitudes “não condizentes com as normas do edital”.
Ele acrescentou que duas diligências foram realizadas pela Polícia Federal, sobre a divulgação das imagens do exame, uma em Pernambuco e outra no Distrito Federal.
“O balanço em geral foi positivo. E todas as questões estão sendo investigadas pela Polícia Federal, que apresentará para o MEC e para a comissão organizadora [o resultado das investigações]. Ontem tivemos duas diligências da Polícia Federal com relação às imagens circuladas, uma em Pernambuco e outra aqui no Distrito Federal. Portanto, a Polícia Federal continua atuando e fazendo as investigações necessárias para identificar qualquer tipo de ilícito”, completou.
O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) disse neste domingo (5) que identificou imagens do caderno de provas do Enem 2023 em circulação nas redes sociais. O órgão afirma que acionou a PF para investigar o caso.
Ligado ao MEC, o Inep afirmou, por sua assessoria de imprensa, que as imagens surgiram após as 13h, quando os portões foram fechados. O instituto não trabalha, em um, primeiro momento, com a tese de que a prova tenha sido vazada.
As regras de segurança impedem que os candidatos fiquem com celular ou equipamentos eletrônicos durante o exame. A saída de estudantes com os cadernos de prova só é permitida após 4 horas do início da prova.
RENATO MACHADO / Folhapress