MP pede força-tarefa do TCU com CGU para apurar responsáveis por apagão

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O MP que atua junto ao TCU pediu a criação de uma força-tarefa para investigar a responsabilidade pelo apagão que atingiu o estado de São Paulo após as chuvas da última sexta-feira (3).

O subprocurador Lucas Rocha Furtado pede uma investigação conjunta da Corte de contas com a CGU (Controladoria-Geral da União). Ele também solicitou que o TCU acompanhe as medidas tomadas pelo governo federal para obter explicações das concessionárias de energia sobre a interrupção de serviços essenciais devido à falta de luz.

Furtado disse que falta de luz demonstra que privatização não é “panaceia”. “Não resolve todos os males do país. Inconcebível que um serviço essencial, tal qual a energia elétrica, fique por dias sem a prestação do serviço adequado”, escreveu o subprocurador.

Sendo um bem essencial à população, constituindo-se serviço público indispensável, subordinado ao princípio da continuidade de sua prestação, há de se apurar a responsabilidade daqueles que permitiram que os moradores de São Paulo restassem tanto tempo sem o fornecimento adequado. Lucas Rocha Furtado, subprocurador-geral do MP junto ao TCU

ENEL DIZ QUE 200 MIL IMÓVEIS SEGUEM SEM LUZ

Cerca de 200 mil imóveis continuam sem energia elétrica na região da Grande São Paulo, segundo o último boletim divulgado pela Enel, na manhã desta terça-feira (7). Às 14h, moradores completaram quase quatro dias inteiros sem luz.

A previsão da empresa é que toda a população afetada, que chegou a 2,1 milhões no pico de desabastecimento, tenha energia até esta terça.

No início da tarde desta terça, a falta de energia afeta o abastecimento de água em Cotia, Jandira, Vargem Grande Paulista e Pirapora do Bom Jesus. Em Osasco, os reservatórios estão em recuperação.

Falta de luz ocorreu após um temporal atingir São Paulo na última sexta-feira (3). As chuvas derrubaram centenas de árvores no estado e foram registradas rajadas de vento superiores a 100 km/h pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da Prefeitura de São Paulo. A velocidade é a maior que se tem registro desde 1995, quando os dados começaram a ser computados pelo órgão.

Inúmeros foram os relatos de pessoas que precisaram se hospedar em hotéis desde sexta-feira (3) ou perderam tudo que estava na geladeira. Uma idosa de 89 anos que usa respirador teve que passar a noite em um hospital porque estava sem luz em casa.

Serviços de telefonia, internet e abastecimento de água também foram afetados. Moradores da capital e da região metropolitana relataram falta de água, sinal de internet e dificuldade para fazer ligações inclusive para a Enel.

SECRETARIA DIZ QUE 25 ESCOLAS AINDA NÃO TEM LUZ

A Secretaria de Educação do estado de São Paulo informou que 25 escolas estaduais seguem sem fornecimento de energia. São 14 unidades na capital e 11 no interior do estado. Outras 14 unidades escolares estão com aulas presenciais suspensas e atendem os alunos remotamente.

CHUVAS EM SP DEIXARAM 8 MORTOS

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros de São Paulo confirmaram oito mortes causadas pelas chuvas que atingiram o estado na última sexta-feira (3).

A nova vítima confirmada morreu na cidade de Ibiúna, no interior de São Paulo. Uma pessoa estava internada após ser atingida por uma árvore que caiu e não resistiu.

Outras sete pessoas morreram em seis cidades. As mortes foram registradas em São Paulo, Suzano, Osasco, Santo André, Limeira e Ilhabela. Na capital, duas vítimas estavam em um carro atingido por uma árvore que caiu. As outras cinco cidades tiveram uma morte cada, segundo a Defesa Civil.

Redação / Folhapress

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