Prefeito do Rio, Paes critica tanques da Marinha e diz que eles ‘destroem calçamento’

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), criticou o posicionamento de tanques da Marinha na Praça Mauá, na zona portuária da capital fluminense.

Paes disse que os veículos “destroem o calçamento” da região. O prefeito compartilhou nas redes sociais uma foto dos veículos no local, que foi publicada na capa do jornal O Globo desta terça-feira (7).

Os equipamentos fazem parte da operação de GLO (Garantia de Lei e da Ordem), que começou ontem no Rio de Janeiro e em São Paulo. Entre os 120 equipamentos, estão os blindados conhecidos como Piranha -veículos de 18 toneladas para transporte de pessoal.

“Em breve começaremos a implantar balizadores em todo o Boulevard para impedir absurdos assim”, afirmou o prefeito.

A reportagem entrou em contato com a Marinha e aguarda um retorno. Caso tenha resposta, o texto será atualizado.

MARINHA USA ‘ANFÍBIO’ DE 20 TONELADAS EM AÇÃO NOS PORTOS

Além do blindado usado no Haiti, carros anfíbios de quase 20 toneladas também integrarão a operação. Veículos para comando e transporte de pessoal comprados pela Marinha entre 1986 e 2018 estão listados para participar da GLO. Servem para levar soldados do navio para a terra, além de oferecer proteção blindada e aumentar o poder de fogo.

Ação deve mobilizar cinco tipos diferentes de embarcações. De acordo com comunicado da Marinha, serão aproveitados navios de apoio oceânico, navios-patrulhas, lanchas, embarcações de casco semi-rígido e motos aquáticas. Em alguns casos, como no de navios-patrulhas, seis veículos do mesmo tipo irão ao mar.

Operação atuará em três portos: Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP) receberão os militares. Também estão previstas ações nas baías de Guanabara e de Sepetiba, ambas no Rio. A GLO, autorizada pelo presidente Lula (PT), visa “combater o tráfico de drogas e de armas, entre outros crimes” e vale até 3 de maio de 2024.

A previsão é que 1.900 militares sejam mobilizados. Só o Porto de Santos deve receber 350 fuzileiros navais, que embarcaram no navio patrulha oceânico Apa no sábado (4). Outros 750 militares serão distribuídos entre os portos do Rio e de Itaguaí.

Aeroportos e fronteiras receberão “ações preventivas e repressivas”. Com a GLO, os militares ganham poder de polícia para atuar nos portos e nesses locais.

Redação / Folhapress

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