Procon notifica concessionárias por falta de energia em SP

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Procon-SP está notificando as empresas distribuidoras de energia elétrica das cidades de São Paulo, região metropolitana e da Baixada Santista para que expliquem de forma detalhada os problemas e as providências tomadas com relação ao apagão que atingiu milhões de consumidores desde a última sexta-feira (3).

Cerca de 200 mil imóveis na região metropolitana de São Paulo continuam com o fornecimento de energia elétrica interrompido nesta terça-feira (7), de acordo com atualização feita pela Enel por volta das 8h.

O apagão, que começou na última sexta (3), quando uma tempestade atingiu a capital paulista, entrou no 5º dia.

Significa que 200 mil imóveis -entre residências e comércios- enfrentam o segundo dia útil da semana às escuras. Fato que tem gerado indignação e prejuízo em parte da população.

Além de números precisos sobre a quantidade de consumidores atingidos e as providências práticas adotadas e ainda em curso para o restabelecimento dos serviços, o Procon-SP quer saber a quantidade de equipes atuando nesta emergência.

A notificação inclui também as empresas de telecomunicações.

“Além dos eventos climáticos fazerem parte do risco do negócio, cada vez mais temos visto notícias sobre uma maior intensidade destes episódios, por causa das mudanças climáticas, o que significa impactos também maiores, tanto na distribuição de energia quanto de telecom. Assim, queremos conhecer os planos das empresas concessionárias de serviços para atuar nestas situações, lembrando que logo estaremos no período de verão, quando há aumento no volume de chuvas”, explica Luiz Orsatti Filho, diretor executivo do Procon-SP.

Segundo o órgão, a iniciativa é uma orientação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

ASSOCIAÇÃO COMERCIAL ESTIMA PREJUÍZO EM R$ 126 MI

A ACSP (Associação Comercial de São Paulo) estima o prejuízo do comércio na Grande São Paulo em R$ 126 milhões devido à falta de energia desde a última sexta (3).

A estimativa do Instituto de Economia Gastão Vidigal da ACSP é baseada no volume movimentado diariamente na cidade de São Paulo e na região metropolitana.

Na avaliação do economista da Associação, Ulisses Ruiz de Gamboa, os prejuízos são difíceis de estimar, “pois os efeitos do temporal não foram homogêneos na cidade de São Paulo, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento da energia, mas, podemos dizer que o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras ‘imediatas’ e ‘por impulso’ dos consumidores.”

Em nota nesta terça-feira, a Fhoresp (Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo) afirmou que o apagão provocou um prejuízo de R$ 500 milhões a bares, hotéis e restaurantes paulistas.

A entidade afirmou que, os prejuízos tomaram maior proporção porque, em razão do feriado prolongado de Finados (2), hotéis, bares e restaurantes esperavam incremento no movimento e, sendo assim, estavam com estoques reforçados.

FRANCISCO LIMA NETO / Folhapress

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