SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bolsa brasileira começou o dia em leve alta e caminhava para o sexto avanço consecutivo nesta quarta-feira (8), com a temporada de balanços incluindo os números de BTG Pactual e Eletrobras, enquanto agentes financeiros aguardam a fala do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, em conferência nos Estados Unidos.
No câmbio, o dólar também avançava. Além da fala de Powell, investidores também acompanham a situação fiscal do Brasil, após dados que mostraram crescimento da dívida pública em setembro. Os número somaram-se a discussões sobre mudança da meta de déficit zero em 2024, que já vinham causando preocupação no mercado nas últimas semanas.
Além disso, o texto da Reforma Tributária deve ser votado no Senado nesta quarta-feira.
No exterior, todas as atenções estavam voltadas para comentários de Powell em conferência do Federal Reserve, a partir de 11h15 (horário de Brasília), com investidores em busca de mais pistas sobre por quanto tempo a política monetária dos EUA poderá permanecer restritiva.
De um lado, um comunicado de política monetária mais brando e dados de emprego mais fracos nos Estados Unidos elevaram as apostas de cortes de juros pelo Fed já em maio do ano que vem, com as chances de uma redução de pelo menos 0,25 ponto percentual tendo aumentado para mais de 50%.
No entanto, comentários cautelosos de várias autoridades do banco central norte-americano nos últimos dias mantiveram os investidores nervosos, com possibilidade de novos aumentos nas taxas este ano, dada a resiliência da economia dos EUA.
“A expectativa de muitas pessoas diante dessa fala de Jerome Powell se dá pelo receio de que o banco central americano esfrie as apostas de corte de juros”, disse Márcio Riauba, gerente da mesa de operações da StoneX.
Taxas mais baixas nos EUA ampliariam o diferencial de juros entre a maior economia do mundo e o Brasil, o que tornaria investimentos denominados em real mais atraentes para agentes estrangeiros, de forma que qualquer sinalização mais dura de Powell pode acabar minando a demanda pela divisa brasileira.
Participantes do mercado também apontavam a queda nos preços das commodities com o petróleo em queda de mais de 1% nesta manhã como um fator de pressão negativa para divisas consideradas arriscadas.
Redação / Folhapress