SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enel na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) aprovou, na manhã desta quarta-feira (8), a convocação de Max Xavier Lins, diretor da empresa em São Paulo, e do executivo da Enel no Brasil, Nicola Cotugno.
No caso de Cotugno, a convocação foi motivada inclusive pelas declarações do executivo à Folha. “Não é para nos desculparmos, não. O vento foi absurdo”, disse ele em entrevista publicada nesta terça.
Lins, que é responsável pela Enel em São Paulo, já havia sido convidado antes a comparecer na CPI, instalada em maio deste ano. Porém, com a dificuldade da empresa em sanar a falta de energia em milhares de casas desde sexta (3), ele agora está convocado.
“O convite é facultativo, ele pode ir ou não. Em virtude do episódio na sexta, resolvemos fazer a convocação, onde ele deve comparecer”, disse o deputado estadual Thiago Auricchio (PL), que preside a CPI.
Os depoimentos dos executivos da Enel estão previstos para a próxima semana. A CPI, de acordo com Auricchio, deverá chegar ao relatório final em meados de dezembro.
O presidente da CPI adiantou que ao menos duas situações deverão ser esclarecidas pela Enel.
“Preocupa a redução do quadro de funcionários. Nessa hora [tempestade de sexta] vemos que o quadro de funcionários não foi ideal, não é suficiente”, afirmou Auricchio.
“E precisamos saber sobre o parque elétrico, que está sucateado e com peças desde a década de 1960”, completou o deputado.
A Comissão também foi favorável, nesta quarta, a convidar os prefeitos de 24 de cidades atendidas pela concessionária, inclusive o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Outro item aprovado pela CPI requer da Enel uma garantia de indenização, dentro de 60 dias, para os usuários e pessoas físicas prejudicados com a falta do fornecimento de energia elétrica, conforme proposta do deputado Luiz Cláudio Marcolino (PT).
CARLOS PETROCILO / Folhapress