O anastrazol, medicamento já usado para tratamento do câncer de mama, em fase inicial, passa agora a ser usado na prevenção do tumor, após aprovação da Agência de Saúde do Reino Unido (MHRA).
O câncer de mama é o que mais acomete mulheres em todo o mundo. 2,3 milhões de novos casos são diagnosticados a cada ano. Para cada quatro diagnósticos feitos no planeta, 1 é de câncer de mama.
Estudos mostram que o tratamento anti-hormonal via oral reduz em até 50% os riscos de uma mulher ter a doença, que resulta em 680 mil óbitos anualmente em todo o planeta.
“Alguns pacientes apresentam risco aumentado para o desenvolvimento para o câncer da mama”, a depender de variáveis clínicas e genéticas, de acordo com o Dr. Carlos Henrique dos Anjos, médico do Centro de Oncologia do Hospital Sírio-Libanês e especialista em câncer de mama, em entrevista durante o Jornal Novabrasil, na manhã desta segunda-feira (13).
De acordo com dos Anjos, uma mulher que vive até os 80 anos terá aproximadamente 12% de chance de desenvolver o câncer de mama ao longo da vida.
Mas se essa mulher tiver características clínicas, como familiares de primeiro grau que tenham a doença (irmã, mãe, avó), além de alguma lesão pré-maligna, as chances de se ter o tumor aumentam consideravelmente.
“O uso dessa pílula mesmo antes do desenvolvimento do câncer, pode reduzir consideravelmente a chance de acometimento pela doença”, afirmou o especialista.
O médico explicou ainda que a pílula é um suporte para pessoas que têm condições que podem aumentar o desenvolvimento da doença.
Medicamento já usado no Brasil e em outros países. Na Inglaterra, o medicamento já era usado há décadas em pacientes que já tiveram câncer, com intuito de reduzir as chances de volta da doença. Atualmente, indivíduos que não tiveram câncer e têm risco muito elevado de ter o tumor também são tratados com o anastrazol.
O comprimido, no entanto, apresenta alguns efeitos colaterais que precisam ser observados, como:
– Excesso de ondas de calor
– Secura vaginal
– Dores articulares – Aceleramento da perda de massa óssea