SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Caixa Econômica Federal lucrou R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre de 2023, 16,5% a mais do que no mesmo período de 2022, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira (13). Na comparação com o trimestre anterior, o resultado é 23% maior.
Já a margem financeira do banco estatal alcançou R$ 14,5 bilhões, aumento anual de 15,7%.
Este é o primeiro resultado divulgado sob o comando de Carlos Antonio Vieira, que tomou posse como CEO na semana passada. Ele foi indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), após longa negociação com Lula (PT). O posto da então presidente Rita Serrano estava na mira do PP desde julho.
A carteira de crédito terminou setembro com R$ 1,091 trilhão, crescimento de 11,7% sobre o mesmo mês de de 2022.
No terceiro trimestre, foram R$ 51,4 bilhões em crédito imobiliário, 4,7% a maior que no mesmo período do ano anterior. Desses recursos, R$ 32,5 bilhões foram com FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e R$ 18,9 bilhões com o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo).
A Caixa ampliou ainda mais a liderança neste segmento, para 68,8% de market share, uma alta de 2,6 ponto percentual em 12 meses. No recorte do Minha Casa Minha Vida, a estatal tem 98,6% do mercado.
O crescimento no crédito para o agronegócio foi bem maior, de 29,9%, para R$ 52,4 bilhões. No consignado, a alta foi de 9,5% para R$ 103 bilhões.
O índice de inadimplência subiu de 1,94% em setembro de 2022 para 2,67% em setembro deste ano.
“Excetuando-se o evento de inadimplência, de um cliente específico em saneamento e infraestrutura, o índice seria de 2,35%”, disse o banco em balanço.
Entre pessoas físicas, a taxa de atraso foi de 3,60% para 4,16%.
Segundo a Caixa, o Desenrola Brasil alcançou mais de R$ 4,5 bilhões em negociações no banco até outubro, com 186,9 mil beneficiados e 237,1 mil contratos regularizados.
RAIO-X da Caixa no 3º tri de 2023
Fundação: 1861
Lucro líquido no 3º trimestre de 2023: R$ 3,2 bilhões
Agências: 3.371
Funcionários: 95,49 mil
Principais concorrentes: Bradesco, Santander, Banco do Brasil, Itaú
JÚLIA MOURA / Folhapress