Desta vez não foi o Botafogo quem demitiu, mas sim perdeu seu treinador para o futebol árabe. Apesar disto, os números continuam chamando a atenção. No ano que vem, o Botafogo terá o seu décimo sexto técnico, desde que o clube passou a ser gerido pela SA de Adalberto Batista. Com a saída de Chamusca , que foi para o Al-Faisaly, da Arábia Saudita, o Botafogo somará 16 nomes em pouco mais de cinco anos com o atual gestor. Se computar o interino, José Leão, auxiliar técnico do clube, que assume a partir de agora, serão 16 no início de 2024, ou até antes, caso o clube anuncie o treinador do Paulistão ainda neste ano.
Entre técnicos contratados e três interinos, o Botafogo tornou-se um dos clubes que mais trocam de treinador nos últimos anos. A estatística, baseada desde quando a Botafogo SA começou a gerir o clube, inclui 15 nomes de 2019 até 2023.
A máquina de moer técnicos teve início com a saída de Léo Condé, que havia entrado em outubro de 2017 e saiu em fevereiro de 2019, já sob o comando da SA. O treinador comandou o time no acesso da Série C para Série B.
O segundo nome sob o comando da nova direção foi de Roberto Cavalo, que entrou em fevereiro de 2019 e saiu em agosto de 2019, surpreendendo os torcedores, pois o time fazia boa campanha na segunda divisão do Brasileiro.
Em seu lugar, após a demissão, Hemerson Maria, entrou em agosto 2019 e saiu em novembro do mesmo ano. O próximo da lista foi Wagner Lopes, que entrou em novembro e foi demitido em fevereiro de 2020.
Após campanhas ruins no Paulistão, que quase culminaram em rebaixamentos, as trocas continuaram.
Claudinei Oliveira chegou em fevereiro de 2020 e ficou até novembro.
Moacir Jr assumiu em seu lugar em novembro de 2020 e saiu em janeiro de 2021.Alexandre Gallo assumiu em 29 de janeiro e foi desligado em 1 de abril. O polêmico Argel Fuchs entrou no seu lugar em 2 de abril e caiu em 17 de setembro, após eliminação na Série C.
Samuel Dias, que comandava base, foi o escolhido para ocupar a vaga, interinamente, comandando o time na Copa Paulista e até que, em novembro de 2021, o Tricolor fechou com Leandro Zago, que ficou só até 23 de maio de 2022, quando deu lugar para Paulo Baier.
O técnico ficou até 21 de fevereiro deste ano, saindo sem motivos claros ou expostos ao torcedor. José Leão ocupou a vaga interinamente até a chegada de Adilson Batista. Neste mês, ele foi demitido e o clube trouxe Marcelo Chamusca
Em 64 meses na direção do futebol, a SA acumulou um rebaixamento da Série B para Série C, e conduziu o clube de volta.
No Paulista, manteve na Série A1, apesar dos riscos de queda e a não classificação para fases seguintes em alguns anos.
Igor Ramos