Auditores fiscais de todo o país entram em greve nesta segunda-feira (20). De acordo com a categoria, a medida é o último recurso encontrado para que o governo cumpra o acordo que prevê o pagamento da remuneração de produtividade, firmado em 2016.
“Evitamos ao máximo chegar a este ponto, mas depois de sete anos esperando uma solução, só nos restou fazer greve”, diz o auditor fiscal Elias Carneiro Jr., presidente da Delegacia Sindical de Santos do Sindifisco Nacional, sindicato que representa a categoria.
O Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) encaminhado ao Congresso para 2024 pelo Ministério do Planejamento prevê apenas um terço do valor necessário para o pagamento da remuneração. Em uma reunião recente, o ministro da Fazenda afirmou que só poderá tomar medidas no início de dezembro.
A categoria seguiu um calendário decidido em assembleia nacional, realizando operações-padrão nos portos e aeroportos em setembro e outubro. Agora, a greve, iniciada em 20 de novembro, visa pressionar por uma resposta do governo.
Atrasos no Porto de Santos
A greve impacta a Alfândega do Porto de Santos e outros portos do país, resultando na suspensão da conferência aduaneira e desembaraço de cargas, com exceção de perecíveis, cargas vivas, medicamentos e cargas perigosas. Em outubro, a mobilização já causou significativa redução no índice de fluidez das importações, afetando cerca de 3 mil Declarações de Importação apenas na Alfândega do Porto de Santos.