Final do futsal feminino tem clima de Libertadores, calor e ‘balada’

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Enquanto grande parte está em contagem regressiva para o fim da Data Fifa, os torcedores do Taboão Magnus criaram uma atmosfera digna de Libertadores para o segundo jogo da final da Liga Feminina de Futsal, no último sábado (18), contra o Stein Cascavel.

Antes mesmo de a bola rolar, a torcida organizada fazia o “esquenta” na porta do ginásio Zé do Feijão, em Taboão da Serra. Já dentro do ginásio, o clima era de balada, com iluminação baixa, focos de luz coloridos, DJ e música alta.

E valia tudo para ajudar o Taboão a reverter o 4 a 2 do jogo de ida e levantar a taça. Já dentro do ginásio, os torcedores adaptaram hits de organizadas de Palmeiras, São Paulo e Corinthians para empurrar as meninas. O barulho era tamanho que estava difícil ouvir -mesmo colado na grade- as instruções dos técnicos.

O clima de final seguiu em campo. As jogadoras foram apresentadas uma a uma, com direito a fumaça e foco de luz. Após o apito inicial, elas vibraram a cada bola roubada, levaram as mãos à cabeça a cada bola que não entrava, reclamaram com a arbitragem. Sobrou até chute na cadeira do lado do Taboão já nos minutos finais. O Stein Cascavel venceu por 4 a 0 e ficou com o título.

A GOLEADA

A irritação do lado das mandantes deve-se, além da derrota, pelas inúmeras chances perdidas na etapa final. Após fazer um jogo equilibrado com o Cascavel e levar um 0 a 0 para o intervalo, o Taboão viu as adversárias abrirem 2 a 0 no começo do segundo tempo.

Precisando da vitória para levar a decisão para a prorrogação, as donas da casa trocaram constantemente a goleira Desirré pela ala Alana, acertaram a trave e viram a arqueira Júlia manter a baliza zerada para o lado do Stein.

Com o time exposto, o Taboão sofreu outros dois gols, diante de uma torcida que abaixou o volume conforme o cronômetro rodava.

MUITO CALOR

A onda de calor atingiu também o Zé do Feijão no sábado à noite. Torcedores se abanavam nas arquibancadas e tinham garrafas de água nas mãos. Em quadra, as jogadoras eram constantemente abanadas pelas companheiras ou membros da comissão técnica. Algumas, inclusive, jogavam água na cabeça para se refrescar.

O calor era tamanho que um torcedor do Taboão passou mal durante o primeiro tempo e precisou ser levado ao ambulatório. Durante o atendimento – ainda na arquibancada – os torcedores ao redor tiravam camisas para abanar o companheiro. A partida foi paralisada para chamar socorro, sendo reiniciada pouco depois.

Durante a festa do Cascavel, a chuva apareceu para dar uma trégua no calorão, com direito a pingos dentro do ginásio. Ninguém reclamou da “garoa” gelada.

CAROLINA ALBERTI / Folhapress

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