PORTO ALEGRE, RS (FOLHAPRESS) – Instado pelo PT nacional a apresentar um nome para a disputa da prefeitura de Porto Alegre até o final de novembro, partido deve formalizar nesta quinta (23) a indicação da deputada federal Maria do Rosário.
Sua concorrente é a deputada estadual Sofia Cavedon, que não confirmou estar fora da disputa, mas divulgou nota dizendo que o partido apresentará um nome unânime na data.
Superado o debate interno, o PT ainda terá que impor seu nome frente ao da ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB), já que o partido está federado com PCdoB e PV. Em 2020, Manuela foi superada por Sebastião Melo (MDB), que agora concorre à reeleição com o apoio explícito de uma frente bolsonarista.
Sobre Manuela, o PT acredita que ela perdeu força ao não disputar cargo eletivo em 2022 e trabalhar na campanha de Alexandre Kalil (PSD) em Minas Gerais, e que não terá a mesma boa vontade que recebeu de Lula para concorrer em 2020.
Como o partido não foi para o segundo turno por menos de 2.500 votos na disputa ao Governo do RS, a conta recaiu a quem, na visão do PT, não se empenhou 100% na disputa local nas eleições de 2022.
A aposta em Maria do Rosário é dobrar a aposta em um terceiro turno contra o bolsonarismo, dado o histórico de conflito entre a deputada e Jair Bolsonaro (PL) quando ambos estavam na Câmara. Anima o PT o fato de Lula ter vencido Bolsonaro por 10 pontos percentuais na na capital gaúcha na eleição passada.
Rosário e Manuela disputaram a prefeitura de Porto Alegre em 2008. A petista chegou ao segundo turno, mas perdeu para José Fogaça (MDB), que disputava a reeleição. Manuela foi a terceira colocada.
O partido diz ainda que Rosário, em levantamentos internos, apresentou boas intenções de voto e uma rejeição “contornável”. Sobre Melo, os números do PT apontam que a imagem pessoal do prefeito ainda é boa, mas que a avaliação do seu governo é consideravelmente pior.
O PT espera que o PSOL indique o vice-prefeito, que deverá ficar entre os vereadores Pedro Ruas, Roberto Robaina, o deputado estadual Matheus Gomes ou a deputada federal Fernanda Melchionna.
CAUE FONSECA / Folhapress