SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma série de ataques noturnos dos Estados Unidos no Iraque matou oito combatentes do Kataib Hezbollah, grupo armado alinhado ao Irã, e levou Bagdá a condenar a ofensiva, chamada pelos americanos de “autodefesa”.
De acordo com o porta-voz do Pentágono, Pat Ryder, na última terça-feira (21), grupos apoiados pelo Irã usaram um míssil balístico de curto alcance contra as forças dos EUA na base aérea de Al-Asad, ferindo oito pessoas e causando danos à infraestrutura do local. Washington tem 900 soldados na Síria e 2.500 no Iraque em uma missão que afirma ter como objetivo evitar o ressurgimento do Estado Islâmico.
“Imediatamente após o ataque, um avião militar americano AC-130 que estava na região efetuou um bombardeio de autodefesa contra um veículo das milícias apoiadas pelo Irã”, afirmou Ryder. O Kataib Hezbollah relatou a morte de oito combatentes um “crime”, nas palavras do grupo em um comunicado, que “não ficará impune”.
Os enfrentamentos são mais um capítulo das tensões na região. Nas últimas semanas, os EUA já haviam realizado três séries de ataques na Síria segundo Washington, grupos bancados pelo Irã estavam lançando ataques com foguetes e drones em bases dos EUA na região em meio à guerra em Gaza, na qual os americanos apoiam Israel.
O governo iraquiano afirmou, nesta quarta-feira (22), que a ação americana é uma “flagrante violação da soberania”, já que não consultou as autoridades do país. Vários grupos da coalizão governista do Iraque dizem querer expulsar o Estado Islâmico da nação.
Redação / Folhapress