SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – O homem atingido por um aparelho de musculação em uma academia de Juazeiro do Norte (CE), consegue engatinhar durante fisioterapia.
Regilânio da Silva, 42, publicou um vídeo mostrando o progresso do seu tratamento. Ele foi atingido por um aparelho de 150 kg enquanto malhava em uma academia, em agosto.
No vídeo, ele aparece engatinhando com o auxílio de uma profissional. “Nunca pensei que engatinhar fosse tão difícil”, disse o homem. As imagens foram publicadas na quarta-feira (22).
Nas redes sociais, seguidores comentaram na publicação de Regilânio e pediram para ele continuar com a fisioterapia. “A fisioterapia fazendo tudo valer a pena e realizando milagres. Força, Regi”, escreveu uma mulher.
RELEMBRE O CASO
Após o acidente, a vítima perdeu os movimentos das pernas.
A lesão mais complexa atingiu a medula. O médico neurocirurgião José Correia Junior, que operou Inácio, disse que o paciente teve uma lesão considerada gravíssima.
Ligamentos que fazem a comunicação com o cérebro foram danificados de maneira considerável. “A chance é, estatisticamente, de menos de 1% do retorno de funções motores e sensitivas”, disse o médico ao UOL na semana do acidente.
A academia 220 Fit afirmou que caso foi acidente. Segundo a empresa, o aparelho se encontrava em “perfeito estado de funcionamento”. Cícero Santos, personal trainer da academia, disse que o aluno não travou o equipamento corretamente. A empresa afirmou que está prestando assistência ao aluno.
A vida mudou com a rotina de cuidados. Ele faz fisioterapia diariamente para recuperar os movimentos da cintura para baixo.
Esposa saiu de um emprego e mudou horário de outro. Maria Socorro Pereira Inácio teve que pedir demissão de um dos trabalhos e mudar o horário de outro para o período noturno, para dar conta dos cuidados com o marido.
Ele também já voltou a ter sensibilidade nas pernas. Inácio comemorou a recuperação. Em entrevista à reportagem, ele conta que começou a sentir o toque na pele, o que voltou a trazer esperanças. “Qualquer coisa que ‘trisca’, eu já sinto. Uma esperança a mais, pra quem tinha só 1% de chance de voltar com os movimentos abaixo do quadril”, disse.
Redação / Folhapress