SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Mariana Salomão Carrara venceu o Prêmio São Paulo de Literatura deste ano. A escritora foi consagrada nesta segunda-feira (27) como autora do melhor romance pelo livro “Não Fossem as Sílabas do Sábado”, publicado pela editora Todavia.
Na categoria de melhor romance de estreia, o vencedor foi Alexandre Aliatti e a obra “Tinta Branca”, editado pela Patuá.
Lançado em junho do ano passado, “Não Fossem as Sílabas do Sábado” acompanha uma mulher grávida que perde o companheiro em um acidente causado pelo vizinho. Sozinha, ela cuida da gravidez enquanto lida com a babá e a vizinha, que também perdeu o marido no evento.
“Tinta Branca”, por sua vez, relata uma festa de domingo no interior do Rio Grande do Sul onde um grupo de pessoas tortura um jovem imigrante na praça central da cidade. O caso acaba envolvendo um professor de história, que também tenta ajudar um homem recém-chegado a descobrir suas origens. As duas figuras misteriosas acabam revelando uma conexão, que envolve o passado e o presente daquela comunidade.
A edição deste ano do Prêmio São Paulo de Literatura foi marcada pela ausência da Companhia das Letras, que teve desclassificada todas as suas inscrições por um erro na ficha de todos os seus livros. O problema gerou um terremoto na lista da premiação: em 2022, 70% dos finalistas da categoria geral de romance eram da editora, o maior grupo do mercado hoje.
Com isso, o prêmio literário viveu em 2023 uma maior diversificação entre os indicados. Na categoria de melhor romance, Salomão esteve indicada em uma categoria com publicações de sete editoras. Na premiação dedicada aos estreantes, por sua vez, foram lembradas obras de oito grupos editoriais.
O Prêmio São Paulo de Literatura é atualmente o prêmio literário de maior remuneração em dinheiro no país. Cada um dos vencedores receberá R$ 200 mil da entidade.
Veja abaixo todos os indicados à edição deste ano da premiação.
Melhor romance publicado em 2022
Cinthia Kriemler, “Viúvas de Sal” (editora Patuá)
Cristovão Tezza, “Beatriz e o Poeta” (editora Todavia)
Frei Betto, “Tom Vermelho do Verde” (editora Rocco)
Ieda Magri, “Um Crime Bárbaro” (editora Autêntica)
João Almino, “Homem de Papel” (editora Record)
Marcela Dantés, “João Maria Matilde” (editora Autêntica)
Mariana Salomão Carrara, “Não Fossem as Sílabas do Sábado” (editora Todavia)
Nara Vidal, “Eva” (editora Todavia)
Paula Fábrio, “Estudo sobre o Fim: Bangue-Bangue à Paulista” (editora Reformatório)
Xico Sá, “A Falta” (editora Planeta do Brasil)
Melhor romance de estreia publicado em 2022
Alexandre Alliatti, “Tinta Branca” (editora Patuá)
Carla Piazzi, “Luminol” (editora Incompleta)
Cristianne Lameirinha, “A Tessitura da Perda (editora Quelônio)
Denise SantAnna, “A Cabeça do Pai” (editora Todavia)
Helena Machado, “Memória de Ninguém” (editora Nós)
Jessica Cardin, “Para Onde Atrai o Azul” (editora Quelônio)
Leonardo Piana, “Sismógrafo” (editora Macondo)
Silvana Tavano, “O Último Sábado de Julho Amanhece Quieto” (editora Autêntica)
Taiane Santi Martins, “Mikaia” (editora Record)
Tito Leite, “Dilúvio das Almas” (editora Todavia)
Redação / Folhapress