Dona de clínica é presa por atuar ilegalmente como médica no Rio de Janeiro

SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – Uma mulher foi presa por atuar irregularmente como médica em uma clínica no centro de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (27). Foram apreendidos medicamentos vencidos e contaminados.

A mulher, que realizava procedimentos médicos ilegalmente, foi presa em flagrante por prática de crime contra as relações de consumo. Ela e o marido são donos de uma clínica onde eram feitos procedimentos estéticos e odontológicos. O homem deve responder em liberdade por exercício ilegal da medicina.

Foram encontrados anestesias e anticoagulantes odontológicos vencidos. Além disso, materiais descartáveis que já haviam sido utilizados estavam guardados em um armário. A polícia também apreendeu carimbos, agendas e cartões de visitas.

Agentes foram à clínica para apurar a possível atuação ilegal após o monitoramento de anúncios nas redes sociais dos serviços estéticos e odontológicos a preços populares. A operação foi da Delegacia Especial de Crimes Contra o Consumidor, da Polícia Civil, em conjunto com o Conselho Regional de Odontologia (CRO) do Rio de Janeiro.

Durante a ação, uma paciente que tinha feito harmonização dias antes chegou na clínica reclamando de fortes dores e inchaço no rosto. Ela cobrou explicações e afirmou que precisou ser medicada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade.

A dupla realizava atendimentos clínicos, mas nenhum dos dois possui inscrição nos conselhos regionais de medicina e odontologia. Eles alegaram à polícia que eram formados na Venezuela, porém, não possuem revalidação dos diplomas no Brasil. Também estava na clínica um cirurgião-dentista com inscrição no CRO do Amazonas, que não tem autorização para atuar no Rio.

O casal alugava alguns consultórios da clínica para profissionais habilitados para confundir clientes e aparentar legalidade, de acordo com a Polícia Civil.

A reportagem tenta localizar a defesa dos envolvidos, que não tiveram as identidades divulgadas pela polícia. O espaço segue aberto para manifestação.

MARIANA ZANCANELLI / Folhapress

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